28 outubro 2006

Mais um pouco de História

Terminado o ginásio, alguns com 14, outros com 15 e até 16 anos, o objetivo maior era o baile de formatura. A madrinha seria minha mãe. A professora de danças seria minha irmã. Como treinei os boleros, sambas-canções e fox na sala de visitas, ao som de uma vitrola Philips. Não me lembro dos discos. Mas tinha um tal de Francisco Carlos, que era o ídolo de minha irmã. Devo ter aprendido a dançar com suas músicas. E as do Trio Los Panchos, não me lembro mesmo. Valsa era fácil. Aquela coleção de música da Seleções nos dava um repertório imenso de músicas. Mudando do baile para a escola: após a última aula do ano, era praxe os formandos sairem da escola jogando para o alto e chutando os livros e cadernos, numa certeza de que nunca mais iriam ter de conviver com aquelas coisas difíceis. Nesta hora, não sei se por amor aos livros ou medo de meus pais, eu me mandava e levava os livros intactos para casa. O mesmo aconteceu no científico. Sumi na hora de destruir o material escolar. Havia ainda outra tradição. Todos os formandos deveriam ir à praça central e pular no lago da gruta, uma edificação que parece um castelo antigo, cercada de água por todos os lados. Fugi também do lago, pois, como ficaria meu uniforme e meu sapato após tal desatino? Lembrando agora desses fatos, só tenho um comentário a fazer: "Confesso que não vivi!" Mudando da escola para os bailes de formatura: Só quem participou de um pode sentir as sensações e emoções: A feitura do terno, as aulas de dança, a expectativa da noite e o conjunto do Paulo Pizzani... "Confesso que vivi!"