24 dezembro 2006

NATAL

Venho por meio deste veículo de comunicação informar a todos os leitores que um Feliz Natal para todos é o que desejo, embora até hoje não entenda o significado da expressão: "FELIZ NATAL". Acho que ela é derivada da expressão facial da face das crianças que ficam muito felizes quando ganham presentes. Por que, para os adultos, "Feliz Natal" significa uma reunião familiar na qual se faz de tudo para evitar brigas e discussões, o que já aconteceu comigo pois meu irmão ganhou duas cuecas e dois pares de meia e eu ganhei só uma cueca e três pares de meia. "O que que ele tem de melhor que eu?" E assim vou passando de Natal em Natal, sem entender e, principalmente, sem querer entender direito a data criada pelo monge Dionísio e oficializada pelo Papa Júlio I, no século IV. E fico pensando: O que será que os homens faziam no dia 24 de dezembro, à meia-noite, dos anos 1 aos anos trezentos e cincoenta e poucos... Em todo o caso:

FELIZ NATAL!

28 novembro 2006

Ostenbarth

Fiquei curioso de saber o significado de Osten, uma vez que Barth é o sobrenome de casada da prima Nice. Como não tenho dicionário de alemão, consultei a Wikipedia, a enciclopédia on line e descobri o seguinte texto:

Osten ist durch die Rotationsrichtung der Erde um die Erdachse in Richtung Sonnenaufgang bestimmt. (lat.: oriens (Orient) bzw. griech.: anatole (s. Anatolien).

Der Ausdruck „Osten“ wird seit dem 15. Jahrhundert gebraucht. Ursprünglich wurde das Gebiet des Ostens als Morgenland bezeichnet, das Land, in dem die „Sonne aufgeht“. Heute werden diese Gebiete Naher Osten, Mittlerer Osten und Ferner Osten genannt. Im christlichen Glauben ist der Osten die Richtung, aus der der auferstandene und wiederkehrende Christus erwartet wird.

Er ist Haupthimmelsrichtung und wird verwendet zur Navigation und zur Angabe von Koordinaten. Der Begriff „Ost“ oder „Osten“ (Abkürzung O, engl. E) bezeichnet eine Himmelsrichtung, die eine Winkelhalbierende zwischen Nord (0 Grad) und Süd (180 Grad) darstellt. Die Sonne befindet sich zum Zeitpunkt des Äquinoktium um 6:00 Uhr (Ortszeit) exakt im Osten. Das Adjektiv dazu ist östlich.


Após essas considerações, fiquei na mesma, mas, pelo jeito, é uma coisa muito importante, pois falam de Cristo e do cristianismo, do oriente e até do Winkelhalbierende. Espero que a prima Nice me explique melhor esse tal se OstenBarth.


Este é o brasão da Família Aguiar, segundo meu irmão Flávio.

24 novembro 2006

Preocupado

Readers, estou muito preocupado. Saí de meus 88 quilos (com q) e cheguei aos 84. Devo estar muito doente e por isso, estou controlando meu peso semanalmente. Estou há (com aga)6 semanas com o mesmo peso, 84. mas não consigo explicar essa perca. (Acho perca muito lindo). Tenho comido muito no almoço, no serv-serv mas não consigo voltar aos 88. Minha mulher diz que eu tenho que fazer musculação para recuperar a massa muscular. O único problema é que musculação é muito cansativa e eu gosto mesmo é de descansar. Meu filho voltava da musculação todo suado e mal-cheiroso. Sua mulher voltava fresquinha, cheirando a sabonete Flores de Rosas. Ele achava que ela dormia nas esteiras. E eu acho que dormia mesmo. Ganhou 12 quilos depois que começou a "malhar". Minha mulher, a Lucy, por outro lado, acha que tem que entrar numa academia. Estou há vinte anos tentando convencê-la do contrário e acho que estou conseguindo. Não tenho mais ciúmes, mas, tens uns caras que vão lá só para apreciar as mulheres dos outros. Há umas posições dos exercícios muito estimulantes.
Ela achou que o galeto que comprei hoje dá muito trabalho, pois só dá para duas pessoas. Quantas vezes vocês já comeram um galeto na vida? Hoje vai ser, eu acho, minha 13a vez. Quando morei em São Paulo, ia sempre ao Galeto, na 24 de Maio.

Voltando ao assunto em pauta, acho que, após esse galeto não vou ganhar nenhum quilo. Mas, em compensação, devo aumentar minha tacha de colesterol ruim. É ruim mesmo?



Queriam a minha volta? Agora agüentem!

23 novembro 2006

Alguns nomes

Sempre tive a sanha de analisar, introspectivamente e inconscientemente os nomes das pessoas. Friso pessoas, pois nunca me preocupei com nomes de animais irracionais, como o gato e o cachorro daquela blogueira incansável. Marianice, por exemplo, é um nome único. Não existe outra. Antônio Gilberto é o meu nome. Acreditem: houve outras mães que tiveram a mesma infeliz idéia dessa descombinação. Entre os quatro tios do lado de meu pai e os os sete do lado de minha mãe, inclusive seus consortes, apenas uma, a tia Aracy, conseguia me chamar de Antônio Gilberto. Nem meus pais e irmãos conseguiram, essa proeza. Zélia. Zélia é o nome da esposa do Zeca Citeli, o Caos e Ordem. Sempre tive uma atração por esse nome. Não sei o porquê disso. Talvez pela Zélia Gattai, esposa de consagrado escritor, escritora também... Há ainda, nomes horrorosos, do tipo Arnaldo. Não sei se o mais feio é Arnaldo ou Armando, ou Osvaldo. Que coisas feias, mais feias que palavrão. Há ainda nomes que demonstram claramente a descendência. É o caso de José, João, Carlos e Roberto. Mostra a falta de imaginação dos pais ou do escrevente do cartório. Sem contar o caso do pai que encheu a cara no caminho do cartório e esqueceu do nome que sua mulher havia escolhido. Daí nasceu o Claudirney. Pode? Por outro lado há nomes que me fascinam, embora seus donos não façam juz a isso. Condolesa Right. Que maravilha. Apenas o nome.Quanto à pessoa, no comments. Outros: Indira Gandhi, Osama Bin Laden, Mesmeu, Platão, Ramsés III, Truman Capote(gay), Vital, Caim e assim por diante. Esta postagem fica sem um final. Pergunto: Arnaldo é muito feio mesmo, não?

21 novembro 2006

Cachorrada

Também já passei por isso, porém agora estou livre e espero que para sempre. Explico o motivo: Toda a minha vida adorei cachorro, um deles foi o melhor amigo de minha infância, o Brotinho, aquele que escutava música clássica comigo, embaixo do sofá. Então, quando meus filhos eram crianças sempre tive por obrigação ter alguns cahorrinhos, todos do século feminino, pois cadela não faz xixi nas paredes e nas rodas do carro e não são sem-vergonhas. O macho é muito, muito sem vergonha. Quem tem, sabe. Então, após morrer a última da família fox(avó, filha e neta), a neta, decidimos não ter mais cães. Daí chega a Bia, a mulher de meu filho com uma linda cadelinha, mestiça de cocker spaniel com não-sei-o-que, que recebeu o nome de Júlia. Não sei se foi em homenagem à Júlia Roberts. Como todo filhote, era uma gracinha. Depois que cresceu virou uma cadela chatíssima e mal educada. Fazia suas porqueiras cada dia em um lugar do quintal, latia como uma doida, sem parar, quando havia um jardineiro ou pedreiro em casa, só fazia suas refeições acompanhada por um membro da família e soltava os pelos que dava para fazer vários traveseiros. Após muita luta conseguimos doá-la para um animal que a levou à morte em menos de 6 meses. Traumas na família, guerra entre pais e filhos e outras mumunhas mais. A partir daí, ficamos descachorrados, o que aumentou em muito o prazer de viver. Sem cocôs, xixis, latidos, banhos, veterinário, vacinas, etc. E, principalmente, um quintal muito limpo! Cachorros, nunca mais!!!

17 novembro 2006

Assim

É um pouco mais....

28 outubro 2006

Mais um pouco de História

Terminado o ginásio, alguns com 14, outros com 15 e até 16 anos, o objetivo maior era o baile de formatura. A madrinha seria minha mãe. A professora de danças seria minha irmã. Como treinei os boleros, sambas-canções e fox na sala de visitas, ao som de uma vitrola Philips. Não me lembro dos discos. Mas tinha um tal de Francisco Carlos, que era o ídolo de minha irmã. Devo ter aprendido a dançar com suas músicas. E as do Trio Los Panchos, não me lembro mesmo. Valsa era fácil. Aquela coleção de música da Seleções nos dava um repertório imenso de músicas. Mudando do baile para a escola: após a última aula do ano, era praxe os formandos sairem da escola jogando para o alto e chutando os livros e cadernos, numa certeza de que nunca mais iriam ter de conviver com aquelas coisas difíceis. Nesta hora, não sei se por amor aos livros ou medo de meus pais, eu me mandava e levava os livros intactos para casa. O mesmo aconteceu no científico. Sumi na hora de destruir o material escolar. Havia ainda outra tradição. Todos os formandos deveriam ir à praça central e pular no lago da gruta, uma edificação que parece um castelo antigo, cercada de água por todos os lados. Fugi também do lago, pois, como ficaria meu uniforme e meu sapato após tal desatino? Lembrando agora desses fatos, só tenho um comentário a fazer: "Confesso que não vivi!" Mudando da escola para os bailes de formatura: Só quem participou de um pode sentir as sensações e emoções: A feitura do terno, as aulas de dança, a expectativa da noite e o conjunto do Paulo Pizzani... "Confesso que vivi!"

24 outubro 2006

Um pouco de História

Nasci em 1945. Em 1954, no meio do ano, meu pai e família se mudaram de Pirassununga para Limeira. Nunca vi algum pai mudar de uma cidade para outra no meio do ano letivo. Mas, sempre há uma primeira vez. Cheguei aqui na metade do quarto ano letivo. Como, no próximo ano deveria deixar o grupo escolar e entrar no Ginásio, meu pai me pagou um preparatório com a Dona Cleonice para que eu pudesse prestar o concurso ao colégio Castello Branco, onde eu faria o ginásio. Aqui, de novo, é preciso abrir um parênteses. Na época, só os filhinhos da classe média podiam pagar a escola da Dona Cleonice e depois entrar no Ginásio. O Ginásio era do Estado e a melhor escola da cidade, grátis. Assim, só os filhinhos de papai podiam cursá-lo. Hoje em dia é diferente: Só os filhinhos de papai podem fazer o cursinho e entrar nas faculdades públicas, grátis. Mas, fugi do assunto. No dia do exame, ao chegar à escola percebi que esqueci a borracha. Fiquei desesperado. Como fazer para apagar as bobagens que escreveria. Não tive dúvidas. Pedi emprestado a bicicleta do Toninho e me mandei para a papelaria Busch, a uns 6 quarteirões para comprar uma borracha. Eu morava a uma quadra da escola. Acreditem ou não, esta foi minha primeira ejaculação. Fiquei tão emocionado que acho, fiz nas calças, em cima da bicicleta. Voltei correndo e consegui fazer a prova. Fui aprovado, provavelmente no fim das listas e entrei no mais conceituado colégio de Limeira. Este curso, de 4 anos se chamava Ginásio. E continuava em diversas opções, após o témino: você podia fazer o científico, o clássico e o normal. Quem fazia o científico tinha que prestar vestibular para medicina, engenharia ou agronomia. Quem fazia o clássico, tinha que prestar Letras e, quem fazia o normal, ia dar aulas no grupo. Eu fiz o científico e parti para SP para fazer cursinho para engenharia. Que pauleira! Acho que o Lula, o próximo presidente, deveria lutar por esta antiga forma de estudo: Ginásio, Científico, etc.. Parece que a gente tinha um objetivo maior na vida. Terminar o ginásio, depois liquidar com o científico, depois lutar por alguma coisa melhor. Essa coisa de estudo corrido, na minha opinião é uma lerda!

17 outubro 2006

Mentiras

Li um artigo do filósofo David Livingstone Smith na Veja que diz, basicamente, que o ser humano é mentiroso de nascença. E ele cita fatos incontestes: quando sua filhinha recebe uma merda de presente, diz: "Que legal, era disso mesmo que eu estava precisando." Isto é, a mentira nos é ensinada desde a mais tenrta idade. "Não posso ir a sua casa hoje à noite pois tenho um encontro de negócios que pode me dar aquela força que preciso para deslanchar na minha vida." Ou: "Não escrevi no Blog a semana inteira pois estava muito atarefado em desenvolver um projeto." Isto posto, vamos falar de política. Acho que aquele que mentir mais será eleito. O Geraldo está prometendo tudo, até resolver o problema do PCC em SP. O Lula disse que vai criar milhares de faculdades em todas as cidades pólos de suas regiões. E vai incrementar o Pró-uni, facultando faculdades para todos. A mentira, às vezes, pode ser dita a respeito do outro candidato. O Lula diz que o Geraldo vai privatizar tudo, até o avião da presidência. E o Geraldo retruca, dizendo que o Lula é mentiroso, que ele não vai privatizar nada. É certo que nós, os eleitores, acreditamos em tudo! Temos uma formação nativa que nos leva a acreditar em tudo, nas verdades e nas mentiras. Não temos ferramentas ou desconfiômetros para separar a verdade da mentira. Por isso esses políticos do cacete se divertem às nossa custas. Se o Geraldo ou o Lula fizerem 1% do que estão prometendo, o Brasil será um oásis. Declaro, portanto, nesta hora nada importante para a nação que eu sou um anarquista. Não acredito nem em um nem em outro. E na hora de votar, duvido que eu acerte as teclas certas.

10 outubro 2006

Prêmios Nobel

Nestes últimos anos os americanos estão dando um show de prêmio Nobel. Só dá eles na parada. a pergunta que fica é a seguinte: Será que esse sucesso é devido ao incentivo do governo à pesquisa, à espetacular criatividade dos americanos(Quem os conheceu de perto diz que é um dos povos mais criativos do mundo) ou à inteligência, herdada dos vikings? Não sei.

Cílios

Perguntei à esposa de um dos meus chefes como ela poderia explicar o motivo pelo qual, hoje em dia, não se vêem mais pessoas com ciscos e cílios nos olhos, com aquele incômodo que só passava a partir da hora em que se tirava o cisco ou o cílio, utilizando-se dos mais diversos artifícios, desde colírios, dedo indicador e até aquele lava-olhos. Lembram, do copinho azul-marinho? Ela me respondeu: "Não sei por que você ocupa seu cérebro com essas bobagens." E eu respondi de pronto: " Porque eu gosto!" Acho que não fiz a pergunta à pessoa mais indicada. Afinal, sou 20 anos mais velho que ela e acho que na sua época era bem menor a incidência de ciscos nos olhos. Mas ela fez depois um comentário: "Era para ser diferente, pois a poluição aumentou muito hoje em dia. Já sei, é porque todo mundo usa óculos." Cabisbaixo e derrotado por tantas dúvidas consultei Mesmeu, o filósofo triste. Então, ele me disse: "O que foi, será!" Concluí, então que, daqui prá frente haverá muitos ciscos nos olhos.

07 outubro 2006

Desmancha prazeres

É isso que o governo é. Um desmancha prazeres. Eu, como fumante inveterado sou obrigado a ver todo dia nos maços de cigarro aquelas fotos horríveis de pessoas destruídas pelo cigarro(Assim eles dizem). Pulmão arrebentado, perna amputada, criança com câncer. É uma sacanagem só. Li em algum lugar que os produtos derivados de não sei que droga, tipo thinner, cola de sapateiro e outros têm que vir agora com a inscrição: "O uso indevido deste produto pode causar dependência." Conheço muitos pintores e sapateiros que realmente têm dependência do produto, pois não conseguem viver sem eles, senão não podem executar seus serviços. Oras bolas! Agora vieram com mais uma: Toda a propaganda de refrigerante deve vir com a advertência: "Atençao! Este produto pode causar a obsesidade." Estragou tudo! Aquele prazer de beber um guaraná da Antártica, uma coca, uma fanta nos deixará com a consciência pesada, diminuindo muito nosso prazer. Acho que um tal de CONAR que cria essas leis malditas que têm como único objetivo acabar com o prazer de viver. Logo, logo os comerciais de carros virão com a frase: "Dirija com moderação. Esta máquina é mortífera!" A das escadas seriam assim: "Use com segurança, ou poderá quebrar a coluna e ficar paralítico." O finalmente é o seguinte: os órgãos governamentais acham que estão tratando com um povo imensamente ignorante e burro. E devem, portanto, alertar sobre os perigos mais óbvios do planeta. E o pior de tudo é que eles têm razão...

05 outubro 2006

Eleições

Fiquei triste com o resultado das eleições pois meus candidatos não venceram. Para presidente, votei no NULO, número 00. Para governador votei no NULO 99. Para senador, votei no NULO 888. Para deputado federal o meu voto foi para NULO 0909. e Estadual NULO 90909. Nenhum deles venceu. Espero que na próxima, para presidente eu tenha mais sucesso.

A ausência do Blog foi devido a outra gripe, esta pior que a anterior. A vacina está fazendo efeito mesmo! Chego quebrado em casa, o que não é normal em um jovem como eu.

A cabecinha loira é de meu netinho, o Bruno. Hoje ponho sua foto de frente. A cama me espera ansiosa.

02 outubro 2006

Boas e más notícias

ELEIÇÕES-BOAS NOTÍCIAS

- Vamos ter segundo turno.
- Severino Cavalcante não se elegeu.
- O cacique Antônio Carlos Magalhães levou o maior ferro na Bahia.
- O deputados sanguessugas não voltaram.
- Não vamos mais precisar ver aquela cara feia da Heloísa Helena.

ELEIÇÕES-MÁS NOTÍCIAS

- Maluf voltou, como deputado mais votado no Brasil.
- Enéas também voltou.
- Tem um tal de Russomano também, o segundo mais votado.
- 48% dos mensaleiros voltaram ao Congresso.
- Limeira, outra vez, fica sem deputado federal.

28 setembro 2006

Semana dedicada a comentários

Poucas palavras nesta semana, pois dediquei-me apenas a comentários e explicações. Algumas corretas, outras não. Se errei, foi sem querer. Se acertei, foi sem querer. Minha preocupação máxima é com as eleições. Não sei como o dono do Caos e Ordem e sua dileta esposa farão para justificar o voto em Austin. Isso me deixa sem um norte verdadeiro e mesmo sem o norte magnético. São tantos os candidatos bons, ilustres, éticos e honestos, que é uma pena que eles não cá estejam para exercer o prazer de votar num pleito tão estimulante.



Esta foto representa o que eu gostaria de dar a todo político brasileiro, sem exceção!

25 setembro 2006

Refulgir!

Desde os tempos da FEI, a faculdade de engenharia que cursei, costumava escrever um monte de besteiras em um caderninho que guardei atá a bem pouco tempo e que estou procurando há mais de seis meses e não acho. Desde essa época meus textos se chamavam refulgir: Refulgir I, Refulgir II, etc.. até o Refulgir V. Por que se chamava refulgir, não sei. O que eu sei é que estou indignado com minha dificuldade de empregar as diversas variações do por que. Então, resolvi, neste texto, por um fim nisso,
Consultando alguns livros de gramática, posso dizer o seguinte:

Primeira explicação: Usa-se o por que, separado, nas perguntas: Por que devemos tomar banho aos sábados? Por que ela tingiu o cabelo?

Segunda aplicação: O porque junto, em uma palavra só, aparece nas respostas, que em geral apresentam uma explicação: Ele chegou tarde porque o trânsito estava congestionado. O jogo foi adiado porque o outro time não veio.

Dificuldades: Existe um por que separado mesmo quando não se faz uma pergunta. Ele é usado desde que esteja clara ou subtendida a palavra motivo(causa, razão). Não sei por que ele cospe na parede. (Não sei por que motivo ele cospe na parede).

Este é mais fácil: Ele é um substantivo, o porquê. Não sei o porquê de você usar biquini num funeral. O Lula não quis explicar os porquês de ter tantos amigos idiotas.

Fim de frase: Estava triste sem saber por quê. O chefe o despediu e ele perguntou por quê. Ninguém ligava pra ele. Por quê?

Agora piorou: O porque junto pode estar nas perguntas. É quando você pergunta e sugere a resposta ao mesmo tempo: Ele chegou cansado porque estava comendo na vizinha? Você não chupa cana porque tem dentadura?

Que dureza!: Pode substituir também o pelo qual e para que: Era o apelido por que o conheciam. Estavam ansiosos por que seu chefe saísse de férias.

Adoro a língua portuguesa! Que riqueza, que beleza.

23 setembro 2006

Nenhum blog é uma ilha

Fato consumado. Se seu blog não tem leitores, um que seja, ele deixa de existir. O que mais anima a gente a escrever é saber que algum amigo ou irmão o está lendo (É pra isso que servem os amigos). O Caos e Ordem está se preparando para o retorno e diz que não tem tempo para se concentrar no seu blog. E, além disso, deixa de comentar os blogs amigos. Tem lá sua razão. Numa dessas reuniões imbecis do pessoal do RH da União dos Refinadores, o treinador da turma dizia que não é todo o mundo que consegue andar e assobiar ao mesmo tempo. Uma vez um desses caras levou um tombo a abrir a porta dos escritório de engenharia da Cutrale. A porta tinha mola e ao fugir da folha tropeçou e caiu. A sorte é que não estva assobiando. Mas, o pior de tudo é que, se seus amigos somem e não lêem seu blog você fica mudo. Está acontecendo isso comigo. A sorte é que apareceu a prima Nice que me dá uma força e a Irmãcaçula que, infelizmente, se ausentará neste fim de semana, pois veio à Limeira visitar a mamãe. Tirante o Caos e Ordem, a falta mais sentida é do Timtimdez que sumiu há algum tempo e está demorando para dar as caras again. Porisso é que eu estou assim meio desenxavido e desassuntado. Até Mesmeu, o filósofo triste, tentou me animar dizendo: "Mas tudo passa, tudo passará. Lembre-se que Himeneu, ao descobrir o Monte Athos, percebeu que faltavam ali os monges, até os hecumenos. Que fez, então? Facilitou a vinda dos monges, reduzindo os impostos e criando uma linha férrea e rodovias diversas para atrair os monges. Deu subsídios para a construção de mosteiros e incentivou a indústria de relíquias, tirando os impostos de cruzes, santos, tecidos do manto sagrado e amêndoas. O único problema foi com os fabricantes de azeitonas em potes de vidro, que continuaram a colocar conservantes." Não sei de onde vem tanto conhecimento e ciência de Mesmeu, o filósofo triste.



Lucy, saindo da casa de seus pais numa das visitas à Lapa-SP.

19 setembro 2006

Eleições 2006

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".

Desde que Jurandir ficou careca começou a desconfiar do ser humano e de seu criador. Piorou quando viu o trecho do famoso discurso de Ruy Barbosa no Senado da República, em 12 de agosto de 1902, ficando muito confuso. Já era 2006. Maldita a hora em que ele leu num blog que sua filha deixou aberto no micro a frase do Ruy. Tinha a mania de dar nomes aos bois: Ao ver nulidades, pensou: "Só podem ser o Zezé de Camargo e Luciano, Ronaldinho Gaúcho e Faustão. Chegando à Desonra, pensou no próspero açougueiro da esquina que vendia coxão duro como se fosse picanha. Quando leu Injustiça, pensou na cabeleira do Álvaro, que com 60 anos ainda usava rabo de cavalo. Ao se agigantarem os poderes nas mão dos maus só pode se lembrar dos donos daquelas maquininhas eletrônicas de jogo que faziam uma concorrência desleal com as loterias da caixa. Porém, não gostou do fim da frase. Pois, um homem que tem uma formação como a sua, ciente de suas verdades, jamais desanimaria da virtude e nunca riria da sua honra e teria vergonha de ser honesto. Como diria Mesmeu, o filósofo triste: "Fala sério!"

18 setembro 2006

Hans Christian Andersen

Nasceu no dia 2 de abril de 1805, no mesmo dia em que eu nasci, 140 anos antes. Assisti a um filme muito interessante sobre sua infância em um colégio na Dinamarca, onde existia um terrível professor que tudo fazia para o prejudicar. Gostava de escrever poesias, mas seu professor as achava uma droga, muito piegas e de rimas fáceis, castigando-o então por isso. Como ele era protegido de uma pessoa muito influente em seu reduto, seu tutor, o professor não podia castigá-lo. Como o Andersen tinha um grande amigo, órfão, chamado Chuck, toda a vez que Andersen saia da linha o professor castigava Chuck: chicotadas, trabalhos escravos ao tempo(inverno), etc. Porém, Andersen adorava escrever poesias e o professor detestava as mesmas e, cada vez que descobria uma nova poesia nos cadernos de Andersen, o Chuck apanhava mais e o poeta ficava desesperado, pois amava o Chuck, que acabou morrendo de tanta porrada. O desafio foi lançado pelo professor: Se algum dia ele escrevesse uma poesia que fizesse o professor chorar, ele poderia continuar escrevendo. O filme mostra o professor quase chorando e negando o choro. Pelo jeito, Hans Christian Andersen não era mesmo um poeta bom, pois mudou para a criação de histórias infantis, tornando-se o maior escritor de todos os tempos neste gênero. Dia 2 de abril é comemorado o "Dia Internacional do Conto Infantil", pois esse gênio escreveu mais de 156 historinhas infantis, entre as quais: O Patinho Feio, Branca de Neve, João e Maria, A Harpa Mágica, Simbad, o Marujo, Peter Pan, e um monte mais.

Afinal, fiquei muito contente de ver que no dia de meu aniversário se comemora uma data tão importante.

15 setembro 2006

Carta ao Grego - Segunda parte

Cheguei quase ao fim do primeiro quarto do livro "Carta a Greco". Estou deprimido. Estou achando agora, neste momento, que é uma merda não ser grego. Afinal, o início da civilização estava lá. Quando o autor Nikos não sei das quantas descreve os lugares, os odores, as árvores, as paisagens, as igrejas e os monumentos vou ao chão e choro de humilhação. Não sou grego! Porém, não tenho a coragem de dizer isso a ninguém, mesmo por que ninguém ainda me perguntou: "Você não é grego?!" E eu teria de responder: "Não!" Helena, Apolo, Artemisa, Afrodite, Ares, Esparta, Tróia e Mistra não fazem parte do dia-a-dia de um descendente de índio e português. Meu dia-a-dia se resume a Bush, Iraque, Bill Gates, Lula, Evo Morales e Chiclete com Banana. mas, embora eu viva em outro universo, é duro não ser grego! E, o pior de tudo não saber ler, escrever e nem falar grego. Como ler Sófocles no original? Como interpretar as églogas de Homero? Nesta hora devo prestar toda a minha homenagem a Jackeline. "Se você não é grega, case com um." Frase célebre de Onassis, que acabou por selar seu casamento. Acho que ela deve ter lido "Carta a Creco".

13 setembro 2006

Lucy cumpleaños

Há exatamente 56 anos nascia na Lapa a Lucy, minha mulher. Como já disse antes, esposa é a dos outros. Para festejar data tão única decidimos fazer uma festinha no próximo sábado e em virtude da quantidade enorme de convidados, fomos obrigados a alugar 3 clubes da cidade. Para evitar constrangimentos sócio-econômicos, dividimos os convidados em quatro classes: Os pobres, os remediados, os classe média e os abastados. No Clube Grã São João decidimos colocar os pobres, em função de ser um clube mais modesto e ter um salão bem grande. Os remediados, juntamente com a classe média, serão colocados no Nosso Clube. Os remediados curtirão a festa no ginásio de esportes e os classe média no salão social. Os abastados irão ao Limeira Clube, cujo salão social é bem menor que o dos outros clubes. Fomos obrigados a contratar 4 buffes. Para os pobres, o Bar do Juca, de Limeira, com um cardápio bem variado, que ia desde o cachorro-quente à canja de galinha. Para os convidados remediados do Nosso Clube, convidamos o Benvindo, de Piracicaba, que preparará 300 marmitex de virado à paulista. Para a classe média do Nosso Clube contratamos o Buffet Nazaré, muito bom: antepasto de salgadinhos(até bolinhos com catupiry), batidas variadas, uma massa, acho que rondelli, e um contra-filé com molho madeira e arroz. Para os abastados do Limeira Clube tivemos que ir a Campinas para contratar o Buffet Fleur de Liz,pois, gente fina é outra coisa. Terá até lagosta empanada.
Quando estava tudo programado, a Lucy disse: "Pô, eu acho que tem alguma coisa errada. Tem filha pobre e mãe rica e filho rico e pai pobre. Como é que nós vamos fazer se a família quiser se encontrar durante o aniversário?" Foi então que resolvemos contratar a Localiza, com uma frota de 12 Vans, para fazer a conexão entre os salões. No momento estamos decidindo a parte musical: Tentamos o Zezé de Camargo e Luciano para os pobres, a banda Calypso para os remediados, a filha da Elis Regina para a classe média e o Pink Floyd para os abastados.

Acho que vai dar tudo certo.



Esta foto é do meu aniversário de 60 anos. A careca foi apenas um reflexo do flash no meu topete.

12 setembro 2006

O carteiro e a apaixonada

Como cultor do cancioneiro popular brasileiro, obviamente, chutando para fora deste seleto grupo de compositores e cantores os Chitões, Zezés, Xororós, Lucianos, etc., até hoje estou intrigado com o que estava escrito na carta. Partindo do princípio que "Quando o carteiro chegou e meu nome gritou com uma carta na mão", dá para perceber que o Carlão, o carteiro tava sabendo das desditas da Isaurinha. Em seguida ela diz: "Ante surpresa tão rude, nem sei como pude chegar ao portão." Observando bem estes dois versos da música chegamos à brilhante conclusão que a heroína apaixonada não morava num apê. Sabemos também que ela sabia ler pois, continuou: "Lendo o envelope bonito, no seu sobrescrito eu reconheci a mesma caligrafia que me disse um dia estou farto de ti!" Nesta hora a enamorada queria dizer remetente(Na época ainda não havia o CEP). Mas, tudo bem, coisas de apaixonados. "Porém não tive coragem de abrir a mensagem" Nesta hora, chutou o balde, pois o Nicanor mandou uma carta e ela a classificou como uma simples mensagem, como essas de e-mail. "Porque na incerteza eu meditava e dizia será de alegria ou será de tristeza" A mocinha não consegue encarar a verdade de frente! Continua: Filosofa: "Quanta verdade tristonha a mentira risonha uma carta nos traz". Tem horas em que a filosofia funciona ao contrário. E terminou assim: "E assim pensando rasguei tua carta e queimei para não sofrer mais."
Até hoje, 50 anos depois de ouvir essa música pela primeira vez, tenho curiosidade de saber o que havia na carta.
Há várias possibilidades:
1. Um papagaio do Comind, já vencido, pela compra da enceradeira.
2. Uma conta com todas as despesas gastas pelo Nicanor durante o namoro.
3. Um pedido autoritário para ela devolver sua vitrola portátil e o disco do Carlos Galhardo.
4. Uma intimação do juizado de menores, em que constava a guarda do filho, ainda em gestação.
5. Uma poesia mostrando todo o seu arrependimento e pedindo para ela voltar, inclusive dizendo que pagaria o papagaio do Comind.
6. Um pedido para ela ficar de olho nesse carteiro sem vergonha.
7. Uma foto, onde aparecem abraçados Nicanor e seu novo namorado, o Rubinho.

Peço aos amigos que me ajudem. Por certo, hão de haver outras possibilidades.

Compositores: Cícero Nunes e Aldo Cabral



Acima a Irmãcaçula, Cecília e um pedaço de sua família: Gil e Priscila.

08 setembro 2006

Confissões de um envelhescente

Eu, pecador me confesso ante os poucos leitores deste blog que falhei. O texto sobre Nova York recebeu as piores críticas. Às vezes sinto-me compungido a parar de escrever bobagens. Porém, sei que todas as bobagens escritas ficarão para a posteridade. Richard disse: "Escreva o que quiser, pois, se não escrever, não ficará escrito. E tudo aquilo que for dito ou escrito, jamais se apagará." É por esse motivo que não apago aquelas bobagens, pois sei que, na cabeça de cada um de vocês, meus críticos, aquelas palavras estarão gravadas para todo o sempre, amém. Nesta hora é comum lembrarmos de Ptolomeu, o inventor da ciência celeste, que considerava a Terra o centro do Universo. Uma de suas melhores frases foi a seguinte: "Se seu condomínio é na Terra, por que se importar com Plutão?" Poucos entenderam sua assertiva, mas, alguns séculos depois os cientistas da Assembleia-geral da União Astronômica Internacional (IAU) rebaixaram Plutão à categoria de planeta anão. Longe de mim qualquer espécie de preconceito, mas se planeta já é uma merda, que se dirá de um planeta anão? Por estes motivos celestes e astronômicos é que acho que meu artigo sobre Nova York não deverá ser abolido do blog. Quantas noites em claro passei decorando o nome dos nove planetas... Quem se responsabilizará pelas minhas horas de sono perdidas? Isso não é nada me disse o Jucelino, grande astrólogo e visonário: "Como é que vou explicar à madame Alckmin que seu signo tinha como ascendente Plutão, um planeta anão?" E assim, verificamos que nossas vidas vão ficando cada vez mais complicadas, nossas crenças vão se desvanecendo e nossos planetas vão se definhando.

Acho que consegui: O blog de Nova York não foi o pior!

05 setembro 2006

Mais poesia

ARPEJOS E ACORDES



Imagina que eu sou tua guitarra
De que tiras acordes proibidos
De meus cabelos multicoloridos
Que te atraem e que tu agarras

Imagina que eu sou o derradeiro
Violino Stradivarius, teu inteiro,
Que se abre a teu arco masculino
E te devolve os sons mais celestiais

Imagina que eu sou o teu piano
Que minhas teclas tu acaricias
E eu te dou meu hino mais profano
E meus arpejos sexuais

Imagina que sou a tua flauta
E que tua boca é tão incandescente
Que nossa sinfonia é espaçonave
Que viaja e explode interminavelmente...



Nice Barth
S. Paulo, 31 de Julho de 2005

04 setembro 2006

New York, New York

Um dos sonhos que não se realizarão na minha vida é conhecer Nova York. Se eu pudesse, preferia conhecê-la na época do Natal. Pelo menos nos filmes, é uma beleza só. Os enfeites, a neve, as árvores de natal, aquele frio de matar! Gostaria de ir como uma pessoa qualquer, jamais como turista. Pegaria então um táxi e iria ao quarteirão mais famoso da cidade, o Times Square. Depois iria ao Rockfeller Center, no coração de Manhattan, para patinar no gelo. (Neste meu sonho, acho que patinar no gelo é mais difícil que conseguir ir à Nova York). Depois iria até o último andar do Empire State Building para ver a vista da cidade. Não custaria dar uma passadinha para ver o que sobrou do World Trade Center. E, de noite iria procurar um barzinho que tivesse um tremendo conjunto de jazz tocando tudo o que eu gosto. Porém, fica para a próxima encarnação. A dúvida que tenho é se a próxima encarnação será no futuro ou no passado. Se for no passado, tudo bem, dá para curtir. Mas, se for no futuro, acho que Nova York já não existirá. Preciso perguntar aos espíritas se é possível ter uma nova encarnação no presente. Se for assim, prefiro esta.

Tudo o que foi colocado acima é por que pensei assim: "Puxa, como é que o Zecão passou 9 meses nos Estados Unidos e não foi à Nova York?" Fica a apenas 2.800 km, e segundo o Yahoo, é uma viagenzinha de 27 horas. Fica bem mais perto que de Limeira: 10.000km.
Falando sério, acho que o Zecão não quer nem saber de Nova York. O negócio dele é Las Vegas, que fica bem pertinho, a 280km e com a vantagem que dá para ganhar um dinheirinho extra.

O PERNILONGO

A poesia é realmente da Nice. Creio que os adjetivos masculinos foram por causa das rimas. Infelizmente o Mesmeu não chegou ainda a esse nível de criação e escrituração.


01 setembro 2006

Hoje é dia de poesia

PERNILONGO DECIDIDO


Pernilongo decidido
Faz um vôo bem comprido
Lá de cima, em linha reta!
Minha face era sua meta...
E desceu como uma seta
Ou mesmo uma punhalada!
Já era de madrugada,
Pensou que a “meta” dormia...
Mas ao Jô eu assistia
E tentei, numa tacada,
Apanhá-lo com a mão
Mas tudo em vão,
O bichinho
Com brevê de aviação
Entoa um canto fininho
E some na escuridão.
Novamente concentrado
No programa preferido
Escuto um FIUNNN ardido
Da criatura pentelha
A rondar a minha orelha!
Mas me mexo e fico alerta
Sacudo e puxo a coberta,
Abano o ar, me defendo,
E o talzinho, não podendo
Mais pousar, fica irritado,
Alteia um FIUNNN irado
Em volta do meu ouvido,
Fica mais que decidido
E vem de novo atacar!
Mas o FIUNNN poderoso,
Que penetra como um pino
Num ponto meu perigoso,
Transforma-me em assassino:
Desse infame quero a morte!
E pra já quero seu fim!!!
Levanto em fúria e procuro
Um meio de trucidá-lo:
Mas esse inútil tem sorte,
E não consigo apanhá-lo!...
Já é fim de madrugada,
Não pude dormir, nem nada,
Por causa da ousadia
Desse “Sem Sangue” atrevido
Que não conhece o perigo
De uma guerra aqui comigo!
E de novo o persigo,
Louco pra executá-lo
De novo tento pegá-lo
Mas, de novo, não consigo!
Ele some!!! Até parece
Que esse monstro me conhece!
E sabe que tenho um sono
Enorme e que vou dormir...
Paciente, então, ele espera
Que adormeça a “minha fera”...
Sai de onde estava, quietinho,
Tranqüilo, devagarzinho,
Mira uma veia pulsante,
Esse pernilongo errante,
Pousa... leve... em minha testa...
Nada da dança funesta,
Nem do irritante FIUNNN...
Não o sinto, não tem peso,
Sou totalmente indefeso...
E ele faz sua refeição!...
E esse sangue que era meu
Ele suga até fartar!...
Mas acordo enfurecido
Pelo sono interrompido
E o Pernilongo decidido,

Estou decidido a matar!!!



Aguarde:


Pernilongo Decidido,

O RETORNO



Nice Barth
S. Paulo, Maio de 2005

31 agosto 2006

Caos e Ordem

Quando o Caos abriu os olhos pela primeira vez percebeu que havia muita remela nele, pois não enxergou direito a cara de seu pai, que estava meio assustado com a feiura do filho, semelhante à sua. Caos resolveu então chorar, pois todos sabem que o choro remove as remelas. Foi um choro tão alto que seu pai desligou a vitrola. Não adiantava naquela hora ouvir a Nona Sinfonia de Beethoven. Deixou para depois. Consultando o Dr. Gil para saber por que seu filho era tão feio, ouviu a seguinte resposta: "Olhe-se no espelho." Não olhou. Inconformado com a feiura de seu filho, contratou um pai de aluguel para lhe vender o semem, 2 anos depois, para implantar na sua mulher e ter outro filho, mais bonito. É importante saber que o pai de aluguel era sósia do Renato, o herói da novela das sete. Ninguém entendia por que Renato, um ator tão famoso, gostava de ser pai de aluguel. Depois descobriram que a enfermeira que lhe levava o vidrinho era mais bonita que a Ana Paula. Nove meses depois nasceu Ordem. Quando Ordem abriu os olhos pela primeira vez percebeu que seu pai era muito feio. Pediu então um espelho e viu que era lindo. Desconfiado, perguntou à sua mãe que merda era aquilo. Ela, como todas as mães que se prezam disse: "Pergunte pro seu pai." "Pai, que merda é essa?" O pai, surpreso com uma pergunta tão prematura disse: "É a sua." Ordem esqueceu que estavam trocando sua fralda. "Não, não é dessa que estou falando, é da outra: como fui sair tão bonito, se você é tão feio?" Apavorado o pai foi à cozinha, fritou um ovo de galinha caipira e pensou: "O que que eu vou falar para esse pirralho?" Nesta hora de incertezas e dúvidas chegou o Caos e perguntou ao pai: "Posso fazer uma plástica?" Arrependido de suas malvadezas, primeiro por ser muito feio e gerar um filho muito feio. Segundo por ter procurado um pai de aluguel lindo e ter tido outro filho, lindo, o pai do Caos e Ordem não agüentou e resolveu fugir com a babá do Caos. Precavido, uma semana após a fuga, fez vasectomia. Moral da história: "Quando sua vida estiver entre lá e cá, fuja com a babá."

30 agosto 2006

Resposta do Teste

Pois é, amigos, o autor é um velho conhecido do Zecão, o Richard Bach. Esses versos fazem parte do livro "Ilusões- Aventuras de um Messias Indeciso". Os trechos copiados são do Manual do Messias, que o Messias Indeciso, chamado Don W. Shimoda, empresta ao piloto do Fleet, para que tente se tornar um novo Messias, porque ele já está enjoado de ser Messias. Segundo alguns críticos, este livro é melhor que o Fernão Capelo Gaivota, que eu não li e, portanto, não posso comentar.
Olhem que interessante uma das máximas do Manual:

Eis aqui
um teste para verificar
se a sua missão na terra está
cumprida:

Se você está vivo,
não está.




A foto está cheia de reflexos do "descanso de prato", mas a Irmãcaçula é a da esquerda, com a nora Thaysa e o filho Daniel.

29 agosto 2006

Teste da semana

Me digam de quem são estes versos:

Perpectiva -
Use-A ou perca-A
Se virou para esta página
esqueceu-se de que aquilo que se passa
em volta de você não é realidade.
Pense nisso.

Lembre-se de onde veio,
para onde vai, e por que você criou
a confusão em que se meteu para começar.
Você terá uma morte horrível, lembre-se.
Tudo é um bom treino, e você gostará
mais se conservar os fatos
em mente.
Mas leve sua morte a sério.
Rir a caminho de sua execução
não é normalmente compreendido por formas
de vida menos avançadas, e
o chamarão de doido.

Aprender
é descobrir
aquilo que você já sabe.
Fazer é demonstrar que
você o sabe.
Ensinar é lembrar aos outros
que eles sabem tanto quanto você.

Vocês são todos aprendizes,
fazedores, professores.

A sua única
obrigação em qualquer vida
é ser sincero consigo mesmo.
Ser sincero com outra pessoa ou
outra coisa não só
é impossível, como ainda é a
marca de um falso
messias.


As
perguntas mais simples
são as mais profundas.
Onde você nasceu? Onde é o seu lar?
Para onde vai?
O que está fazendo?

Pense sobre
isso de vez em quando, e
Observe as suas respostas
se modificarem.

Você
ensina melhor
o que mais precisa
aprender.

Viva
de modo a nunca
se arrepender se algo que você faça
ou diga for publicado
pelo mundo afora -
mesmo que
o que for publicado
não seja verdade.

25 agosto 2006

Mulher...

Nice Barth
São Paulo, 14 / 08 / 2006


É amena, é bravia,
É a noite, é o dia,
É inteira, é fatia
É Raquel e é a Lia

É serena, é ansiosa,
É ferina, é amorosa
É valente, é medrosa
É quieta, é perigosa

É violino, e é orquestra
É cidade, e é floresta
É sinistra e é a destra
É discípula e é a mestra

É feliz e é felina
É antiga e é menina
É a lua e é neblina
É real, é esterlina

É atéia, é malandra
É Medéia, e é Cassandra
É o réu, é o juiz

É fugaz, é permanente
É a Eva, é a Serpente
É furiosa, é carente
É nascida e é matriz

É certinha, é descuidada
É o filé, é a salada
É a bruxa e é a fada
É canção, é trovoada

É a massa, é a caça
É a pedra, e é fumaça
É a boca, e é mordaça
É o vinho e é a taça

É a graça, é a raça
É limão, é a cachaça
É o banco e é a praça
É mistério e esplendor

É amor, é indiferença
É a fé, é a descrença
É a vida, é a morte
É tão frágil, é tão forte

É espírito, é matéria
É terrena, é etérea
É esboço, arte final

É tangente, é secante
Diapasão altissonante
Fusa tridimensional.

24 agosto 2006

"Amor e Felicidade incondicionais"

Acho, acho não, tenho certeza que amor e felicidade incondicionais são eventos impossíveis de acontecer. Principalmente porque vivemos na Terra. A terra é habitada por bilhões de seres humanos. E esses seres humanos têm necessidade de muitas coisas materiais para viver:

- Comida
- Saúde
- Uma cama
- Sapatos
- Agasalhos
- Ausência de massacres e assassinatos

E outras coisinhas mais, não materiais:
- Carinho
- Amizade
- Notícias boas
- Equilíbrio em seu país
- Equilíbrio nos outros países
- Paz em todo o mundo

Já discutimos sobre isto. Minha prosa é barata, porém, parodiando Medéia, nenhum homem é uma ilha. Estamos ligados pelos meios de comunicação com o mundo todo, inclusive, com a comunidade em que vivemos. É impossível a um ser humano se isolar numa redoma de cristal(Hoje estou demais!) e fazer de conta que está feliz porque parou seu carro na rua e veio um flanelinha tomar conta dele. Que alegria! Mais feliz ficou ainda por ter que tirar a frente de seu velho cd player do painel e escondê-lo embaixo do banco. Antes disso, ouvia a CBN que anunciava que Israel havia destruído mais uma creche e que a na África, a AIDS estava matando mais que a fome, a inanição. Vendo o jornal local decobrimos que Marcela, de dois aninhos, tem um câncer e que só sobreviverá se a família conseguir 380 mil reais para fazer um transplante. Depois disseram que 158 congressistas, eleitos e pagos por nós desviaram milhões de reais na compra de ambulâncias para nossos SUS.
Fugindo dessa linha, como ficar feliz incondicionalmente se minha netinha ficou com febre três dias e não estava comendo nada? E o marido da faxineira que precisa de remédios caríssimos e vai morrer a qualquer momento pois não tem grana para comprá-los? E o meu carro que levou uma cacetada na traseira? Vou ter que ficar andando de ônibus 30 dias... E esse cigarro que continuo fumando e que não consigo parar, que fica me perturbando dia e noite?

Tudo bem. Há o outro lado da moeda. Milhares de coisas boas, felizes aconteceram ao mesmo tempo das desgraças acima ditas. Porém, não é possível filtrar só as boas e ignorar as ruins. Estas vêm a nós a toda hora. Como ignorar o mundo? Fala sério!

Por essas razões simples e diretas, esses tais de amor e felicidade incondicionais só existem no capítulo final das histórias da carochinha, que, por sinal são dirigidas a crianças.

Talvez no Himalia os monges tenham atingido essa fantasia, pois parece que eles vivem completamente isolados do mundo e de pessoas.

E chega por hoje, oras bolas!

22 agosto 2006

SE, de Shiost 65

SE...

Se és capaz de,

Num almoço de república

Escolheres o menor bife e

disseres: "É o bastante!"

E se, num trem de subúrbio lotado,

Ofereceres teu lugar a uma gestante...

E se, além disso, numa passeata de 64

Abristes teu peito e dissestes "Sou estudante!"

E, se num baile famoso do Paineiras

Te negastes a dançar com uma debutante...

E, pior que tudo isso, se, na hora agá,

Com tua amante, interromperes o idílio,

Então, és uma besta, meu filho!

Poema composto em 1965, época de faculdade, na aula de Física I.
Devido a alguns lapsos de memória não nos é possível garantir a fidelidade do texto.


21 agosto 2006

MUSA INTERMITENTE

Mais uma da Nice. Sugiro que leiam em voz alta e, se conseguirem chegar ao final, sem perder o fôlego, me ensinem o truque.
Percebam também o sintetismo dos versos e a cadência desumana. Observem também mais uma foto da China.

MUSA INTERMITENTE

Qual é a mancha
Que me desonra?
Que avalanche
Me angustia?
Que abulia
Mexe comigo?
Que alforria
Não conquistada
Me submete
Nesta Cruzada?
Quem é a Força
Que me combate?
Que disparate
Me deixa louca?
De quem os moucos
Ouvidos fúteis?
De quem inúteis
Conversas rasas?
De quem o pranto
Que me transforma?
De quem a forma
Que me encanta?

De que garganta
Esta cantata,
Que me arrebata
E me fascina?
De quem a mina
De ouro e prata
Que me relata
O velho índio?
Que merovíngio
É descendente
Da antiga raça
Desse Graal?
Porque o medo
Desse segredo
Tão bem guardado
Pela Vestal?
Quem é a onda
Que me transporta?
De quem é o ombro
Que me suporta?
Quem é a rocha
Que não se move?

De quem a asa
Num vôo cego?
De quem o Ego
Que me ignora?
Quem é que ora
Com tanta fé?
De quem o pé
Que acaricia?
Quem é a água
Que se derrama?
Qual é a cama
Que me repousa?
Quem é que ousa
Ser meu mandante?
Quem é o amante
Que me recusa?
De quem a boca
Que me enlanguesce?
De quem os braços
Que me aquecem?
Quem é o césio
Que me dissolve?
Quem me devolve
A confiança?
Quem é que usa
O meu berrante?
Quem é a Musa
Intermitente
Que, inconseqüente,
Me faz feliz?
De quem os dentes
Na boca muda?
De quem o véu
Nos olhos cegos?
De quem os pregos
Nos meus sapatos?
Que peculato
Me causa horror!
De onde a dor
Que me perfura?
De quem as garras
Que me seguram?
De quem a louca
Risada impura?
De quem a pura
Risada louca?
De quem a teia
Que me aprisiona?
Quem é a aranha
Que vive nela?
De quem o negro
Velho casaco?
De quem o taco
De beisebol?
De quem o brilho
Azul da lua?
Quem é que atua
Naquele palco?
Porque o álcool
Nessa garrafa?
Porque se estafa
Pai de família?
E da vasilha
Não vejo o fundo?
Porque o mundo
Está tão mudado,
Que desse mundo
Não faço parte?
Eu quero em Marte
Plutão, Saturno
Ouvir noturnos
Da velha arte...
Quem é o barco
Que me naufraga?
Qual é o marco
Que me assinala?
De quem o sopro
Que me estimula?
De quem a chula
Conversa oca?
De quem as penas
Das asas sujas
Do negro óleo,
Como gangrena?
Qual é a prata
De compra e venda?
De quem a moeda,
De cunho estranho,
Que foi meu ganho
Em outra vida,
Quando bandida,
Morri matada?!
De quem a morte
Que me aguarda,
Dentro da farda
E do passaporte?
De quanto sangue
Precisa a veia?
De quantos fios
Precisa a teia?
De quantos rios
Precisa o homem,
Louco de fome,
Pra poluir?
Quem abandona
Velhos na rua?
Quem é a nua
Mulher que dança?
Dessa criança,
Quem é o pai?
Quem é que alcança
Um sonho louco?
Quem ama pouco
Não ama nada!
Em quantas fadas
Eu acredito?
De quem o grito
De orgasmo quente
Que, de repente,
Emudeceu?
Qual é a nota
Dessa sonata?
Qual o compasso
Da melodia?
Qual é a rima
Dessa poesia?
Qual é o aço
Desse punhal?
De onde a bala
Que me atinge?
Quem é a falange
Que me destrói?
Se mais não posso
Falar, engulo,
Tornando nulo
O que me dói...


Nice Barth
S. Paulo, 25 de julho de 2005.

Belezas naturais

Ouvindo trudia uma rádio de Piracicaba, ouvi um entrevistado, que estava organizando uma mostra de fotos antigas da cidade, dizer que havia viajado muito pelo Brasil e que achava Piracicaba uma das cidades mais bonitas deste país. Pelo jeito ele ainda não havia viajado ao exterior, portanto se limitou a comparar sua cidade às do Brasil. Fiquei matutando e percebi que, realmente, há lugares bonitos, nessa cidade, como a Faculdade de Agronomia e a Rua do Porto. No entanto, tirante estes dois lugares, considero Piracicaba uma cidade muito feia. Coincidentemente, recebi um e-mail de uma chinesa radicada nos EUA que enviou fotos da China. Paisagens aéreas. A partir de então considerei a China o país mais lindo do mundo. A postagem anterior mostra uma dessas fotos. Pensando um pouco mais, acho que Diadema, a cidade mais feia que conheço deve ter também seu cartão postal. Que não devem ser aquelas favelas, aqueles aglomerados de casas inacabadas, sem reboque que a gente vê aos milhares quando passa por ela. Deve haver um local à beira da represa(Lá tem represa?) que deve ser maravilhoso. E também a China, quando mal fotografada deve ter lugares horrorosos. Para terminar estas considerações extremamente extremas, digo o seguinte: Tudo depende do fotógrafo e dos nossos olhos. Pois não é que teve um fotógrafo que ficou famoso fotografando merda?!

Acho que outro ficou famoso fotografando a China. Vejam abaixo:

19 agosto 2006

Prega no Tempo

Abaixo uma poesia da Nice. Apreciem com moderação.

PREGA NO TEMPO
S. Paulo, 06 / 06 / 2005

Curiosa, fico pensando
Porque escrevo só poesia?
Porque tudo estou rimando?
A prosa me vem à noite
E a poesia vem de dia?
Fico pensando, curiosa
E a mim mesma perguntando
Porque não escrevo prosa
Porque só fico rimando?
Buscando entendimento
Olho através da janela
E vejo o sol dentro dela,
Vejo o balanço do vento,
Na verdade, só um alento,
Nas folhas da goiabeira
E nas folhas da videira,
Até o gato do vizinho
Dorme do muro, na beira
Como num doce abandono...
Dia bonito de outono.
Meio-dia e os passarinhos
Num silêncio desusado
Devem estar nos seus ninhos
Num almoço descansado...
O dia parece suspenso.
Até o vento foi embora
E o silêncio fica imenso,
Como uma prega no tempo
Segura com clipe grande.
Estou quase acreditando
Que é verdadeira essa imagem
Que ganhei uma passagem
Pra outro lugar e hora
Fui com o vento pra fora
Do lado de lá da janela
Onde há um barco à vela
Na prega do tempo, parado
Há um único convidado
E sou eu: ele me espera...
Daqui até a janela
São cinco passos, se tanto...
E devagar me levanto
Com cuidado, apóio os braços
Nos braços da velha cadeira
Dou o primeiro passo
Lembrando o tempo e a prega,
Tal e qual cortina brega,
No seu clipe mal segura...
Mas nem penso na aventura
Que vai se desenrolar...
Mais três passos... Da janela
Onde está o barco à vela
Logo vou me aproximando
O vento voltou e as velas
Do barco vão se enfunando
Mal respiro, ando de leve
Devagar e de mansinho
É o mais longo dos caminhos
Que me foi dado trilhar
Mas, antes que eu desse a volta
O grande clipe se solta
E o tempo começa a andar...
Tique-taque ritmado
Do relógio muito antigo
Ribomba no meu ouvido
E me prende aqui no chão
Então olho pra janela
Não tem barco, nem tem vela,
Mas tem sol e goiabeira
Tem canto de passarinhos
Tem o gato do vizinho
E o balanço da videira...



Nice Barth
S. Paulo, Maio de 2005

18 agosto 2006

O blog não pode parar

Com febre, cansado, sem disposição para ligar o micro e com uma baita diarréia, falhei do dia 16 e 17. Porém, volto à ativa, como disse o ex-Fenômeno após sua sexta operação. Dizem que sua frase preferida era: Volto à inativa. Mas, o caso não é esse. Sócrates ao escrever seus tratados filosóficos usada uma tinta composta por uma mistura de couve-flor, couve-manteiga, carvão e açaí da Amazônia, vegetais nativos da Grécia. A cor era verde-musgo. Cansado dessa cor, consultou Mesmeu, o filósofo triste que disse que já estava utilizando a Pensilvânia's Factory Ink, que estava com um novo produto no mercado, oferecendo todas as tonalidades possíveis. "Eu quero azul." Tudo bem, disse, Mr. Ink II. E mandou alguns galões de tinta azul ao Sócrates. "Agora eu quero vermelha." "Agora eu quero magenta."Pois não. "Agora eu quero marron." "Agora eu quero rosinha." E assim foi. Porém, Sócrates percebeu que, dependendo da cor, seus escritos eram mais, ou menos profundos. Contratou então a Arthur & Sons Audit and Logistic para apurar, após ler seus 679 tratados sobre a acumpuntura na psiquê da enteada, em que tinta seus tratados eram mais incisivos. Infelizmente, o veredito da Arthur só saiu 12 anos após a morte de Sócrates. Até hoje é essa a explicação dada pelo fato de que seus tratados, embora tão sérios foram escritos em cores tão alegres.

Nota do editor: Em função do teor histórico do artigo deixamos de publicar hoje a poesia da Nice, em respeito à poesia.

15 agosto 2006

Not a good day - Explanations

Não foi por acaso que o título do blog anterior foi "Not a good day". Primeiro porque resolvi escrever em Inglês, e como se sabe, Inglês não é forte de quem não sabe Inglês. Além disso, pretendia alongar a narrativa(o que aumentaria o meu sofrimento), porém eis que chega uma chamada do Skype de uma prima muito querida: a Nice. Não falava com ela desde o século passado, eu acho. E, papo vai, papo vem, até o Timtimdez foi convidado a entrar na conversa e eu tive que digitar o fim do blog com um dedo só e conversando com minha prima. Não deu nem para por a foto do dia. Mas valeu a pena. Essa Nice é uma pessoa extremamente inteligente, eu diria que é uma gênia, pois pinta, escreve poesias e toca sanfona melhor que o Luiz Gonzaga. Ela me enviou algumas poesias que, de tempos em tempos, publicarei neste espaço democrático e aberto a todas as opiniões que coincidam com as minhas.

Primeira poesia, que ela chama de poemetos.

RIMA NOBRE (Nice Barth)

De um verso, a rima nobre
Torna mais fácil lembrar
O espírito da Poesia
Pois quando o ouvido descobre
A lógica da cadência,
Da palavra a melodia,
O cérebro toma ciência
E a matéria se habitua,
Todo o verso flui macio
Como um nítido assobio,
Ou um batuque de rua...


14 agosto 2006

Not a good day

This evening, arriving at home I was informed by my wife that my son's family was diseased. The disease was the famous rotavirus. Indeed, my wife fone my cell and told that I should come back home imediatelly to take may son to Unimed, because he was very bad. Her voice failled when she was talking to me, so I began to imagine another possibilities. And the main cause, I had no doubts about it: My mother, 92 years old had died. Obviously because she was taking medicines for the cough and labyrinthine. But the reallity was that the rotavirus was the real theme of the fone call. Thanks God!

13 agosto 2006

Poções Mágicas

De tempos em tempos aparece no Brasil e outros países poções milagrosas que servem para curar todos os tipos de doença. A poção da moda agora é preparada com os Tibicos, uma espécie de fungo, que foi oferecida à Madre Tereza de Calcutá por monges do Tibete, para que ela a usasse para o tratamento dos pobres. Este preparado só pode ser distribuído de graça, pacto firmado entre a Madre e os monges, não podendo, em hipótese alguma ser comercializado. O interessante é que os fungos se reproduzem, dobram em quantidade de um dia para o outro, então, a vizinha pode dar para a outra que, no dia seguinte dá para a sogra e assim por diante. Em minha casa já existem 3 porções que serão distribuídas às amigas da Lucy assim que eu preparar a bula.

O primeiro contato que tive com essas poções milagrosas foi há muitos anos, quando minha classe de primário, eu acho, foi à Tambaú, numa excursão. Foram levadas várias garrafas de água que seriam benzidas pelo padre de lá. Na sala de aula, no outro dia, após a excursão os frascos eram mostrados aos alunos que tinham que ver nele a imagem de Nossa Senhora. Vários coleguinhas viram a imagem. Eu não via de jeito nenhum e olhem que, naquela época eu ainda tinha fé. Essa água benta servia para curar tudo.

Depois vieram outros modismos: água oxigenada, pílulas de cartilagem de tubarão, duas gotinhas de limão em jejum, Noni e assim por diante. Há mais um monte, mas hoje não estou me lembrando de nada. Help me!

Abaixo fotos da criação cogumelos do sol: TIBICOS

10 agosto 2006

A Relíquia

A Relíquia é o nome de um romance de Eça de Queiroz, que por sinal, não gostei. Gosto mais do gênero de Os Maias, O Crime do Padre Amaro e o Primo Basílio. Achei "A Relíquia" meio estranho, diferente do que eu queria ler. Mas, como não entendo nada de literatura, minhas críticas podem ter sido as mais absurdas e ignorantes possíveis. Mas, a relíquia de que hoje trato é outra. Recebi em minha casa através de umas peripécias de minha mulher(esposa é a dos outros) o livro de Nikos Kazantzákis "Carta a El Greco". Este livro é o preferido, aquele que ele levaria para uma ilha deserta, do Zecão. Influenciado por sua devoção e apego ao livro, enchi-lhe tanto o saco que ele conseguiu que uma grande amiga sua o levasse à casa de minha mãe, onde minha mulher o apanhou e o trouxe para casa. Parece que a edição é de 1956. Está bem amarelinho e as folhas parecem determinadas a partir para outro estado da matéria, ou seja, estão querendo virar pó. Assim, em respeito ao irmão de blog e dono da relíquia, furto-me ao desejo de lê-lo e o guardarei sob 6 chaves até o retorno do dono. Enquanto isso, fuçarei em alguns sebos à procura de outro exemplar. Tem um sebo em Limeira que, bem na entrada tem uma placa que diz mais ou menos assim: "Favor não fuçar nos livros."
Outro tópico interessante: Para saber escrever corretamente o nome o autor do livro recorri à Internet e me lembrei imediatamente de outro livro, que virou filme, Zorba, o Grego. Pois não é que nos sítios onde entrei não havia nenhuma referêncxia ao autor do livro que deu origem ao filme, mas somente os nomes do Diretor, atores, produtores, técnicos, etc. Pode?

09 agosto 2006

Addicted

Após muitos dias de pequisa e observação cheguei ao máximo que um brasileiro poderia chegar. Descobri a cura para todos os males, descobri a maneira de acabar com a mendicância neste país, descobri como os desempregados podem viver felizes, sempre com um dinheirinho para pagar suas contas e mesmo viver suas horas de lazer. Dinheiro deixará de ser problema para sempre. É o seguinte: Freqüento um barzinho em Piracicaba que tem umas 5 máquinas tipo caça-níquel, parecida àquelas usadas nos cassinos. A diferença é que a gente não põe moeda mas sim notas e o pagamento é feito pelo dono do buteco. Acontece que segunda-feira joguei 5 reais e ganhei 20, em no máximo em 5 minutos. Na quinta joguei 5 e saí com 30. Hoje joguei primeiro 5 e saí com 20, depois joguei mais 10 e perdi. Meu lucro hoje foi de 5 reais. Ganhos, no máximo em 5 minutos. Sabendo que a hora tem 12 períodos de 5 minutos, se eu continuasse tendo este lucro ínfimo, iria ganhar 60 reais por hora. Se eu jogasse 8 horas por dia ganharia 480 reais por dia, o que daria um salário mensal de R$9.600,00, sem precisar jogar aos sábados e domingos. Portanto, se todos os desempregados, mal-empregados e mendigos tivessem a sua disposição 5 reais, todos os problemas monetários estariam resolvidos. Porém, é preciso ter persistência, controle e determinação. Se você joga 5 e ganha 20, pare! Ponha mais 5 e fique de 8 a 10 horas na frente da maquininha. E assim, seus problemas terminarão.

08 agosto 2006

XIBIU ELÉTRICO

Reproduzo aqui um artigo muito antigo, dos primórdios da Internet, mas, que conssidero muito bom.

Orgasmo feminino é coisa da qual as mulheres entendem muito pouco e os homens muito menos. Pelo fato de ser uma reação endócrina que se dá sem expelir nada, não apresenta nenhuma prova evidente de que aconteceu ou se foi simulada. Orgasmo masculino não! É aquela coisa que todo mundo vê, deixa o maior flagrante por onde passa. Diante desse mistério, as investigações continuam e muitas pesquisas são feitas e centenas de livros escritos para esclarecer este gostoso e excitante assunto.
Acompanho de perto, aliás, juntinho, este latejante tema. Vi outro dia no programa do Jô Soares, uma sexóloga sergipana dando (?) uma entrevista sobre orgasmo feminino. A mulher, que mais parecia a gerente comercial da Wallita, falava do corpo como quem apresenta o desempenho de uma nova cafeteira doméstica. Apresentou uma pesquisa que foi feita nos Estados Unidos para medir a descarga elétrica emitida pela xana na hora do orgasmo, e chegou a incrível conclusão de que, na hora H, a periquita dispara uma descarga de 250.000 microvolts. Ou seja, cinco pererecas juntas ligadas na hora do "aiaimeudeus", seria suficiente para acender uma lâmpada. Uma dúzia então, é capaz de dar partida num fusca com a
bateria arriada. Uma amiga me contou que está treinando para carregar a bateria do telefone celular. Disse que nos finalmente, tcham, carregou! É preciso ter muito cuidado porque isso não é mais xibiu, é torradeira elétrica. Você coloca a linguicinha lá e "brrrzz", sai torrada...
Pensei: camisinha agora é pouco, tem que mandar encapar na Pirelli ou enrolar com fita isolante. É recomendável, meu amigo, na hora que você for molhar o seu biscoito, lá na canequinha de sua namorada perguntar: é
110 ou 220 volts? Senão, meu xará, depois do que essa moça falou no Jô pode dar ovos fritos no café da manhã!

07 agosto 2006

Fim de semana

Por algum motivo indefinido não consigo produzir nada no fim de semana. Dizem alguns entendidos que fim de se usa em fim de semana, fim de mês, fim de ano, etc.. Dizem ainda que quando acabam as aulas o pessoal costuma dizer final de ano letivo, final de curso, final treinamento e final de governo. Outro entendidos dizem que tanto faz, é ao gosto do freguês. Em Portugal é mesmo fim-de-semana com hífen. No Brasil não sei se tem hífen. Mas, não escrevo nada no fim de semana, fico com preguiça e nem ligo o micro. Vou esquentando na segunda e quando chega tipo quarta ou quinta consigo escrever alguma coisa que preste para mim. Por isso, estou caindo fora.

04 agosto 2006

33 anos

Faz exatamente 33 anos e 2 minutos que estou casado. Por coincidência também foi numa sexta-feira, como hoje. Quero marcar esta data: 4 de agosto de 1973. Dizem os superticiosos que dá azar casar em agosto, pois o casamento não durará muito. Poucos casamentos são realizados em agosto. No entanto, na minha irmandade fraterna este fato não foi comprovado, pois minhas 2 irmãs também se casaram em agosto e os casais estão juntos até hoje. Vim disposto a comemorar a data com um jantar fora, num restaurante de primeira. Lucy disse que era bobagem por dois motivos: Primeiro- Em Limeira não tem restaurante de primeira. Segundo: Não estava com saco de sair. Ante tão perfeita argumentação resolvi tomar um uísque, descer para o micro e escrever estas linhas.

OBS.-
Ainda estou abestalhado com o tratado sobre flatulência publicado pelo Zecão ontem, 3 de agosto, porém, acho que foi culpa direta da sua filosofia caótica e ordenada. O caos venceu de goleada desta vez, mas foi muito divertido. Vou encaminhá-lo a muitas pessoas pois é muito educativo.

A foto abaixo foi tirada após o sacrifício da cerimônia religiosa, já dentro do carro que nos devolveria ao mundo real.

02 agosto 2006

ISRAEL

Neste momento de crise mundial não poderia de externar meu repúdio contra a atitude de Israel, de matar centenas de crianças e pessoas inocentes por uma pura demonstração de força. O seqüestro de dois israelenses não justifica essa matança indiscriminada no Líbano. Considero Israel e os Estados Unidos os maiores países assassinos da Terra. Lembrem-se da guerra covarde contra o Iraque, baseada em motivos claramente demonstrados como falsos(armas nucleares em poder dos iraquianos) e dos assassinatos diários de palestinos. Não devemos esquecer também a matança da guerra do Vietnam, na qual os americanos, embora derrotados, mataram milhões de vietnamitas do norte e do sul.

Assim falou Shiost.

Este desabafo não carece de uma foto.

Presidente ou ex-presidente

Mandei um e-mail para o Prof. Cláudio Moreno que reproduzo abaixo:

"Quando me dirijo pessoalmente a um ex-presidente devo dizer Presidente e perguntar qualquer coisa ou Sr. Fernando?"
Resposta do professor:

"Olha, Aguiar, a praxe (e o bom tom) é usar o título mais alto que a pessoa já teve. Quando falavam com o Brizola, chamavam-no de "governador", embora ele estivesse fora do governo; Paulo Brossard é chamado de "ministro", Erundina é chamada de "prefeita" e FHC é chamado de "presidente". "

Abraço. Prof. Moreno

P.S.: quando quiseres fazer outra pergunta sobre nosso idioma, não uses o orkut, mas sim o meu site www.sualingua.com.br

OBS.- O linguajar do professor é justificado, pois ele é lá de baixo. Gaúcho ou paranaense.

31 julho 2006

Montanha

Montanha é uma cidadezinha de Minas Gerais, perto do Espírito Santo e da Bahia. Certa feita, trabalhei na Bahia Sul Celulose, durante três meses. Morava em Pedro Canário, ES e ia todo dia à Mucuri, na Bahia, onde fica a empresa. Foi minha primeira e última experiência como "pião de trecho". Morava em uma república com mais 4 ou cinco pessoas e ficava coçando nos fins de semana. Tinha uma menina, a Débora, que trabalhava como ajudante geral para minha firma que nos convidou um dia para visitar sua mãe, em Montanha, num final de semana qualquer. Ia acontecer um churrasco. Tudo combinado, fomos eu, o Gordo e o Professor. O Professor era um cara já meio cinqüentão, como eu, cheio de contar histórias e de sair pela tangente nas piores situações em que era flagrado. Acho que é por isso que tinha o apelido de Professor. Chegamos no sábado, quase à noite e fomos direto ao churrasquinho. Após conhecer a casa da Débora, percebemos que não dava para fazer um churrasco lá. Arrumamos um bar meio derrubado e fizemos lá a festa. De Pedro Canário vieram também uns gaúchos extremamente grossos que também foram convidados para o churrasco. Nada de excepcional no churrasco, apenas os gaúchos que quiseram tomar umas liberdades com umas menininhas de 8 ou 10 anos de idade, que, já sabiam de tudo sobre sexo e, portanto, não houve maiores conseqüências. A grande sacada foi a estadia. A casa da menina não comportava tanta gente. Uns 4 gaúchos, eu, o Gordo e o Professor e mais o namoradinho da menina, que também trabalhava na Bahia Sul. Mais que depressa fui procurar um hotel e quando estava quase alojado, chega o irmão da Débora e me leva à força para sua casa, dizendo que eles iam dar um jeito e que era uma tremenda desfeita recusar sua hospitalidade. É lógico que as palavras foram outras, mas o sentido era esse mesmo. Assim, me colocaram num quarto com duas camas. Numa delas, dormiu o namoradinho e a Débora. Na outra, eu. Lógico que de roupa, calça jeans, camisa, etc. Não consegui dormir, pois ao me virar para o lado sentia um cheiro horrível de cocô, provavelmente de um pinico colocado embaixo da cama. Fiquei então de costas. O cheiro diminuiu um pouco, mas, daí, a cama ao lado começou a tremer, em movimentos ritmados que me lembravam um coito. Virei para o outro lado e voltei a sentir aquele maldito cheiro. No quarto ao lado a mãe da menina complementava o os movimentos ritmados com um gaúcho. Em outras palavras, não dormi e saí daquela casa às 5 horas da manhã. Fiquei sentado na praça até as 8, mais ou menos e resolvi procurar o hotel para um banho. Quase chegando ao hotel, encontro um rapaz que também trabalhava na empresa e comentei sobre minha disposição de tomar um banho no hotel. "De jeito nehum! Você vai é lá em casa, toma banho lá em casa!" "Mas, eu não tenho toalha, nada..." "Eu arrumo tudo isso. Vamos lá." Fui. Lá chegando ele me apresentou o banheiro principal, dentro de casa: o chuveiro era só de água fria. "Será que você não tem um chuveiro que esquente?" "Tem um lá fora, mas ninguém usa. Se você quiser..." "QUERO!". Poderia continuar com o almoço, a viagem de volta e outras mazelas mais, mas, fico por aqui. E assim termina este infortúnio de um "pião de trecho". Duas semanas depois pedi as contas e voltei ao Brasil.

27 julho 2006

A vacina deu certo

Fiquei afastado um dia do blog porque, finalmente, a vacina da gripe fez efeito. Estava meio preocupado, pois, tomada há dois meses, ainda não havia se manifestado. Agora, felizmente, estou com gripe, já no fim dela, não tenho mais as pernas bambas, nem aquela vontade louca de ficar só na cama e levantando só para tomar uma canja. Estou voltando.

Gostaria que os leitores deste blog me ajudassem a eleger as melhores invenções simples do século passado. Eu já tenho uma, a bucha de nylon, aquela que serve para pendurar tudo nas paredes. Em 1954 meu pai comprou uma grande novidade do mercado: Armários de cozinha de metal para serem fixados na parede. Maravilha! Chamou então o seu Antônio, um pedreiro conhecido, e pediu para que ele preparasse a parede para a instalação dos dois armários. Seu Antônio foi com sua pá de pedreiro, marreta, talhadeira, cimento, areia e uns pedacinhos de pau. Depois de fazer uns buracos na parede, preparou o concreto, fixou os pauzinhos na parede e disse: "Semana que vem nós vem parafusá os armário." E assim, o armário foi fixado no ano de 1954. Por isso é que considero a bucha Fischer a campeã. O clips já é muito famoso e pode ser considerado o primeiro da lista. Eis a lista:

1. Clips
2. Bucha Fischer
3.

Sei que é uma tarefa árdua e estressante, pois teremos que eliminar candidatos poderosos que não poderão ser classificados na categoria simples e elevar a categorias importantes coisas simples que jamais tiveram categoria elevada. Poderemos ser injustos ou magnâmicos, porém, o que vale é a oportunidade de elevarmos ao mais alto conceito nossas idéias e criatividade.

25 julho 2006

Eu não sou água

"Eu não sou água prá me tratares assim, só na hora da sede é que procuras por mim.... A fonte secou, quero dizer, que, entre nós dois tudo acaboou."
Esta música é uma homenagem ao riozinho, córrego, riacho, fio-d'água, ribeirão ou viela sanitária do condomínio que secou. Mas não creia que este fenômeno se restringe aos EEUU. Aqui nesta terra varonil a humidade relativa do ar está entre 20 e 23%, do sudeste ao nordeste. Com estes índices diria que este fenômeno deveria se chamar Humildade do ar. Mesmo assim, sabendo que a estiagem é um problema globalizado, creio que Zecão deveria escrever um poema em homenagem ao ex-riacho, já que seus dotes musicais não lhe permitem a composição de uma savana. Poderia começar assim:

"Tu que este mundo habitastes viçoso,
Trazendo tantas algas e bromélias
Por que te retirastes desgostoso
Deixando-nos a sofrer como umas velhas?
Será que nosso viver é insultuoso
Às suas belezas iguais às das camélias,
Ou será que devido a tantos amores sofridos
Achavas que Zecão não te daria ouvidos?"

Ao terminar estes versos, senti meus olhos marejarem, pois não há nada mais triste de ver que um rio secar pela falta das atenções dos homens.

Acho que esta poesia me foi mandada por Mesmeu, o filósofo triste.


24 julho 2006

Marcolina e Juventina

Por que não? Se o Caótico Ordeiro homenageia seus antecedentes, por que não eu também? Não é pelo fato de não receber visitas dos descendentes, ou mesmo, por não viver tão longe que devo abdicar das homenagens. Vamos lá: Juventina e João do lado de minha mãe e Arlindo e Maria das Dores, do lado de meu pai produziram 7 + 5 filhos, o que dá 12. Puxando um pouco mais pela memória, descubro mais uma filha de criação da Juventina e uma filha por afinidade de Maria das Dores. Daí, cheguei a 14, perdendo do Caótico Ordeiro só por 3, se bem que os deles são legítimos. Mas, trocando em miúdos, todos eram considerados filhos e até seus filhos eram primos de verdade da gente. Estou falando do meu lado e não do lado da Shiosta, que não conheço muito bem. Lembrei de uma música que o Bosco, um santista, colega meu de faculdade, costumava cantar: "Você era postaestandaste de nosso broqui, mas sambava com imprefeição. Um dia a turma estrilô, ô, você não amelhorô, adrevorve o postaestandaste que nós te deste. Estribilho: Nós era em sete, foi morreendo, foi morreendo até que sobraram eu, ô, até que sobraram eu..." Pois é: Do lado de minha mãe sobraram quase todos: 5+(1). Do lado do meu pai não sobrou nenhum, nem a tia por afinidade(Tia Zenaide). Descobri agora que sou órfão de tio paterno.
Descobri outras coisas, por exemplo, quem deveria visitar esses sobreviventes deveria ser eu e não eles. Só agora percebi que meus tios, irmãos de minha mãe ainda estão vivos...



Esse aí sou eu aos 4 meses. Como vocês podem perceber, estava fantasiado para o Carnaval de 1945, em comemoração ao fim da Segunda Guerra Mundial, assim imagino... Na época, o Carnaval era em agosto.

21 julho 2006

O pagador de promessas

Depois de 50 anos de experiência e conhecimento das profundezas do ser humano, cheguei a conclusão que a célebre máxima de Aristóteles: "Escrever e coçar é só questão de começar." é verdadeira. É só colocar lá em cima um título, por mais desinspirante que seja e, aqui abaixo as palavras fluem como o fel nas parreiras. Para aqueles desavisados e não experts que não sabem da força e das sutilezas da natureza, explico que a maior concentração de fel das colméias é das colméias criadas nas parreiras, principalmente aquelas da região de Champagne, na França. Neste ponto desta dissertação fiquei muito induzido a colocar a seguinte frase: "...colméias implantadas nas parreiras...", quando me lembrei que vários mestres e filólogos da língüa portuguesa juram que quem implanta alguma coisa é um dentista, que implanta o dente no maxilar superior do coitado, ou o médico carecologista que implanta fios de cabelo no couro descabelado do outro coitado. Dizem ainda os conhecedores de nosso idioma que uma rocha trandiluviana foi implantada de maneira celestial naquela planície maravilhosa do Cerrado nordestino. Portanto, não podemos dizer que a Prefeitura de Barbacena vai implantar uma nova faculdade, nem que o governador do estado está implantando um novo viaduto entre as ruas Antuérpia e H. Stern. O prefeito de Barbacena vai construir, criar ou fundar a tal faculdade e o Governo do estado está construindo ou fazendo um novo viaduto. Este é o tal de modismo, muito corrente em nossos meios de comunicação. Lembram-se do: "A nível de..."? Felizmente já caiu fora. Como vim parar aqui? Na verdade, abri este blog para pagar uma promessa. Olha o Padre Eustáquio de verdade aí, gente!

19 julho 2006

O outro dia

Pigmaleão ao sair da floresta disse: Hoje parece que foi ontem! Esta ilusão durou quase quatro séculos. Em suma, Pigmaleão viveu cada dia como se fosse o mesmo dia. Ao invés de se recolher ao seu mundinho interior, resolveu estudar. Esta história veio de um filme que assisti e achei muito interessante. Todo o dia em que o personagem acordava era o mesmo dia. Daí, resolveu estudar poesia francesa, piano e etc. Ficou um expert nessas coisas mundanas e conquistou a mulher, a artista principal do filme. A idéia foi muito boa, mas agora minha netinha, de quase quatro anos me disse: "Vovô eu não sei escrever "Vovô Eu te amo". Tive que parar com meus escritos para atender a sua vontade. Pois é, hoje está difícil. Sem netinha já não consigo escrever grandes coisas. Imagine com a netinha ao lado. Só que eu acho que o São Paulo vai se danar com o time da Argentina. Até agora tá um a zero pro SP, mas ele tem que ganhar de 2 ou tá fora. Por que Israel ataca tanto seus vizinhos? Não foi o povo escolhido de Deus? Por que esse povo de Deuis quer tanta guerra? Parece minha irmã mais velha. Quando você dava um beliscão nela ela jogava um balde de água fria em você. Israel é assim: você sequestra uns dois israelenses e eles resolvem matar o país inteiro. Que povo de Deus é esse? E a Heloísa Helena do Psol chegou a 10% nas pesquisas. Será uma nova Collor? Deus me livre! Meu sobrinho está em Singapura. Será que o Tsumani chegou lá? Singapura é perto da Indonésia ou são aqueles apartamentos do Maluf, na zona leste? Não sei, mas parece que hoje não estou muito coerente com os dizeres ou não estou com os dizeres muito coerentes... Como passar 10 meses longe de seus e perto dos seus? Não há resposta para esta pergunta. Como passar os próximos dias sem os seus e longe dos seus? Que dureza. Esta vida é uma vida. Se a vida é assim, o que será a morte? Creio que consegui o que não queria: Um desconexo texto, carregado de indefinições e circunflexos, tils, reticências e interrogações. Quido orientatum quod cerebelum fragilitum? Timtimdez\ está com a palavra.

17 julho 2006

O fator desumano

Graham Greene escreveu "O Fator Humano", um livro de espionagem que já li e que fala da guerra fria, espiões, etc. Minhas considerações neste Blog não tem nada a ver com isso. Creio que as mensagens, pensamentos e modo de ser de muitas pessoas são muito fortes, ou seja, suas opiniões são muito personalizadas e tudo o que se disser ou escrever para tentar mudá-las é tempo jogado fora. É difícil conciliar pensamentos de duas pessoas tão antagônicas como o cara que tem uma vida estabilizada e aquele que luta diariamente pelo seu sustento. Não que essas pessoas sejam diametralmente opostas em suas opiniões. Não. Mas, uma coisa que salta aos meus olhos é o seguinte: Aqueles que recebem um rendimento que atendam a seus compromissos financeiros sem problemas, ou seja, que a grana não é o principal problema de suas vidas tem uma outra visão do mundo. Ao contrário, aqueles que dependem exclusivamente de sua força e tônus vital para sobreviver, trocando em miúdos, aqueles que, se quebrarem uma perna, vão passar grandes dificuldades, não podem ver o mundo com os mesmos olhos dos outros. Pois, se se aposentarem, morrerão de fome e, portanto, acho que ficam meio alheios a essas fórmulas mágicas de sucesso, auto-ajuda e outras cositas mais, pois, em primeiro lugar, têm que estar em dia com suas faculdades mentais e físicas para poderem produzir trabalho e ser remunerados por isso. Minha teoria é a seguinte: A partir do momento que alguém deste grupo de pessoas ganhar a Mega Sena, será novo homem. Poderá então comprar(sim, comprar) livros de auto-ajuda, fazer seminários voltados ao assunto e até criar grupos de AAA (Auto Ajuda Anônimos), para discutir seus casos. Comecei esta postagem tentando fazer uma metáfora entre o fator humano e o fator desumano. Mas, acho que não tem nada a ver uma coisa com outra. Não tem nada a ver as palavras humano ou desumano com o fato de algumas pessoas terem conseguido uma vida sossegada na terceira idade com aqueles que não conseguiram. Como diria Susan MacDonald: "Bullshit! You´re talking about nothing! Bullshit!"

Jo creo que estos ecritos van llevar a una discussión caòtica y nadie dejarà de participar de esto grupo de discussión.
(Comentário de Mesmeu, em sua peregrinação pela Catalunha)



OBS.- Estou lendo, outra vez, o livro "Cien años de Soledad", no original, do colombiano Gabriel Garcia Marquez. Não sei se vocês sabem, mas, nadie, significa ninguém.

16 julho 2006