15 setembro 2006

Carta ao Grego - Segunda parte

Cheguei quase ao fim do primeiro quarto do livro "Carta a Greco". Estou deprimido. Estou achando agora, neste momento, que é uma merda não ser grego. Afinal, o início da civilização estava lá. Quando o autor Nikos não sei das quantas descreve os lugares, os odores, as árvores, as paisagens, as igrejas e os monumentos vou ao chão e choro de humilhação. Não sou grego! Porém, não tenho a coragem de dizer isso a ninguém, mesmo por que ninguém ainda me perguntou: "Você não é grego?!" E eu teria de responder: "Não!" Helena, Apolo, Artemisa, Afrodite, Ares, Esparta, Tróia e Mistra não fazem parte do dia-a-dia de um descendente de índio e português. Meu dia-a-dia se resume a Bush, Iraque, Bill Gates, Lula, Evo Morales e Chiclete com Banana. mas, embora eu viva em outro universo, é duro não ser grego! E, o pior de tudo não saber ler, escrever e nem falar grego. Como ler Sófocles no original? Como interpretar as églogas de Homero? Nesta hora devo prestar toda a minha homenagem a Jackeline. "Se você não é grega, case com um." Frase célebre de Onassis, que acabou por selar seu casamento. Acho que ela deve ter lido "Carta a Creco".