25 setembro 2007

O Blog Mutante

Há séculos Minestreu, príncipe da Salátia, professou o seguinte: Num futuro muito distante haverá blogs, lugares nunca bem identificados em que os humanos colocarão seus pensamentos, ou falta deles, à crítica mundana. Alguns, a grande maioria, continuarão fiel ao seu primeiro blog. Outros, de grupos rebeldes, haverão por escolha própria mudar, mês a mês de casa. Embora sejam minoria, deixam os seus asseclas de cabelo em pé. Aonde ele foi agora? Onde estará Josué? Será que morreu? Será que se ofendeu? NÃO! Devido à sua personalidade inerente, um mutante, acha que deve também manter seu Blog assim. Nascerá então a seita dos Blogs Mutantes, uma praga que, se não eliminada no nascedouro, proliferará para todo o sempre, deixando um rastro de dúvidas e ocasionando uma mudança constante na configuração dos favoritos, que, queiram ou não queiram, encherá o saco de muita gente.

Este desabafo já foi ao ar várias vezes, creio que, desta vez, um pouco mais sutil.

Con te partiro

Há alguns anos a música "Con te partiro" fez um grande sucesso, pois havia um grande cantor clássico cego cantando uma música muito linda. Hoje, baixei essa música na Internet com vários intérpretes: Pavarotti, Celine Dion, Sarah Brightman com Andrea Bocelli e cheguei à seguinte dúvida: Será que essa música, que atingiu os corações de todo o mundo , inclusive o meu, um cético, pessimista, purista e sãopaulino foi porque o cantor era cego ou porque essa música estava faltando às nossas orelhas, acostumadas a essas maravilhas que nos são impingidas diariamente nas rádios e tvs? Nesta hora de elocubrações profundas e pensamentos idem, socorreu-me Mesmeu, o filósofo triste e me disse: Há muito tempo venho dizendo que a tristeza está acabando neste mundo. Ninguém me ouve, porém essa música veio demonstrar toda essa verdade: Há quanto tempo não se via uma música tão plangente, tão triste assim? Concordei plenamente com ele. Acho que desde Adios Nonino, de Piazzolla, nunca se viu nada tão triste assim...

E.T. Esta postagem foi resultado de um compromisso assumido com o Caos. Um dia ele trudia eu. Não sei quem começou, mas cá estou.



Essa é a Lucy, uma menininha.