31 maio 2007

Coisas

1. Somos todos negros

A BBC está patrocinando exames genéticos de várias personalidades brasileiras para saber a quantidade de gens africanos, europeus e indígenas que possuem e suas porcentagens. A Daiane dos Santos descobriu que tem mais genes europeus que africanos, tipo 40% e 39%, sobrando só 21% para os indígenas. Um cantor carioca de quem eu nunca ouvi falar, um tal de Seu Jorge, tem 85,9% de genes africanos e 12.9% de genes europeus. O Neguinho da Beija Flor tem 67,1% de genes europeus e 31,5% africanos. Conclusão: Acho que essa tal de cota reservada na faculdade para os afro-descendentes deveria ser revista, pois creio que quase todos os candidatos são mais brancos que pretos.

2. Renan Calheiros

Após a exposição do Senador Renan Calheiros no Senado, todos os senadores ficaram muito satisfeitos com as explicações dadas sobre as mesadas dadas para sua amante. O senador provou que o dinheiro saiu de seu próprio bolso e que o lobista da Mendes Júnior foi um simples portador do mesmo. Pesquisando na Internet e lendo comentários em revistas e jornais, percebi que o brasileiro comum, o cidadão comum não acreditou em uma palavra dita pelo senador. Nesta hora é que se vê a falta de cultura de nosso povo que duvida das palavras desse grande homem público, o presidente do Senado!

3. Um grande médico

Após inúmeros exames, ainda estou sem saber se sou um paciente terminal ou se estou muito bem de saúde. Isto é devido ao grande profissional que está me analisando que, devido a sua grande sapiência não quer dar sua opinião sobre minha provável doença. Já fiz 5 exames e nada foi conclusivo. Falta um, aproveitando uma amostra do tecido extraído para a biópsia e mandado para Botucatu para fazer não sei o quê. Um amigo disse que eu deveria seguir o conselho de Mesmeu (Foda-se) e continuar vivendo sem preocupações, que, diga-se de passagem, é como eu estou vivendo.

12 maio 2007

Era uma vez

Era uma vez um engenheiro recém-formado e recém-casado, no ano de 1973, que desejava ardentemente ter um aparelho de som. Após visitar inúmeras vezes Bruno Blois e a Breno Rossi, em São Paulo, decidi comprar um equipamento: Amplificador Polivox, duas caixas de som idem e um pickup Garrard. Coisa muito boa, na época. Consultando o vendedor, soube que poderia fazer um financiamento, desde que tivesse um fiador. O primeiro nome que me ocorreu foi o do meu amigo Tonico. Mas o Tonico nunca foi chegado em ser fiador. Lembrei então do Dr. Nelson, advogado casado com a Prima Nice. Após algumas perguntas cabíveis do tipo: "Não vai ter problemas para pagar? etc., concordou em ser meu fiador. No outro dia ou outra noite, não sei bem, fomos à loja e financiei em 24 meses. O total era de Cr$3.172,41 e eu ganhava na época mais ou menos Cr$3.200,00. A prestação equivalia mais ou menos a 5% do meu salário. Foi uma dureza começar a vida de consumidor.

Porém, hoje, graças ao meu crescimento profissional e de fortuna pessoal, não preciso mais de fiadores: O pessoal da área financeira, me reconhecendo nas ruas, me entrega mil panfletos para me emprestar dinheiro, sem fiador, sem comprovação de renda e emprego fixo, sem nada. Recebo semanalmente várias cartas de consagradas instituições financeiras, como Citybank, Santander, Visa, Mastercard, American Express, etc., propondo que aceite seus cartões, uma vez que já tenho um crédito aprovado de R$2.500,00. A Vivo, Claro e Tim dizem que meu perfil é ótimo para o plano 300, me prometendo um celular de graça, de última geração até com um tal de bluetooth ou coisa que o valha. O ABN-Amro Bank diz que pode me financiar um Audi zero, com uma pequena entrada e juros menores que 1% ao mês. IPVA grátis. O Unibanco me diz que, embora eu já tenha um excelente padrão de vida, que tal entrar no Mega-Plim e ganhar uma bolada de 500.000 reais?

Portanto, após tanta luta, creio que finalmente fui reconhecido como um grande consumidor e, sendo assim, todas as facilidades me são oferecidas. Sou feliz!