31 agosto 2006

Caos e Ordem

Quando o Caos abriu os olhos pela primeira vez percebeu que havia muita remela nele, pois não enxergou direito a cara de seu pai, que estava meio assustado com a feiura do filho, semelhante à sua. Caos resolveu então chorar, pois todos sabem que o choro remove as remelas. Foi um choro tão alto que seu pai desligou a vitrola. Não adiantava naquela hora ouvir a Nona Sinfonia de Beethoven. Deixou para depois. Consultando o Dr. Gil para saber por que seu filho era tão feio, ouviu a seguinte resposta: "Olhe-se no espelho." Não olhou. Inconformado com a feiura de seu filho, contratou um pai de aluguel para lhe vender o semem, 2 anos depois, para implantar na sua mulher e ter outro filho, mais bonito. É importante saber que o pai de aluguel era sósia do Renato, o herói da novela das sete. Ninguém entendia por que Renato, um ator tão famoso, gostava de ser pai de aluguel. Depois descobriram que a enfermeira que lhe levava o vidrinho era mais bonita que a Ana Paula. Nove meses depois nasceu Ordem. Quando Ordem abriu os olhos pela primeira vez percebeu que seu pai era muito feio. Pediu então um espelho e viu que era lindo. Desconfiado, perguntou à sua mãe que merda era aquilo. Ela, como todas as mães que se prezam disse: "Pergunte pro seu pai." "Pai, que merda é essa?" O pai, surpreso com uma pergunta tão prematura disse: "É a sua." Ordem esqueceu que estavam trocando sua fralda. "Não, não é dessa que estou falando, é da outra: como fui sair tão bonito, se você é tão feio?" Apavorado o pai foi à cozinha, fritou um ovo de galinha caipira e pensou: "O que que eu vou falar para esse pirralho?" Nesta hora de incertezas e dúvidas chegou o Caos e perguntou ao pai: "Posso fazer uma plástica?" Arrependido de suas malvadezas, primeiro por ser muito feio e gerar um filho muito feio. Segundo por ter procurado um pai de aluguel lindo e ter tido outro filho, lindo, o pai do Caos e Ordem não agüentou e resolveu fugir com a babá do Caos. Precavido, uma semana após a fuga, fez vasectomia. Moral da história: "Quando sua vida estiver entre lá e cá, fuja com a babá."

30 agosto 2006

Resposta do Teste

Pois é, amigos, o autor é um velho conhecido do Zecão, o Richard Bach. Esses versos fazem parte do livro "Ilusões- Aventuras de um Messias Indeciso". Os trechos copiados são do Manual do Messias, que o Messias Indeciso, chamado Don W. Shimoda, empresta ao piloto do Fleet, para que tente se tornar um novo Messias, porque ele já está enjoado de ser Messias. Segundo alguns críticos, este livro é melhor que o Fernão Capelo Gaivota, que eu não li e, portanto, não posso comentar.
Olhem que interessante uma das máximas do Manual:

Eis aqui
um teste para verificar
se a sua missão na terra está
cumprida:

Se você está vivo,
não está.




A foto está cheia de reflexos do "descanso de prato", mas a Irmãcaçula é a da esquerda, com a nora Thaysa e o filho Daniel.

29 agosto 2006

Teste da semana

Me digam de quem são estes versos:

Perpectiva -
Use-A ou perca-A
Se virou para esta página
esqueceu-se de que aquilo que se passa
em volta de você não é realidade.
Pense nisso.

Lembre-se de onde veio,
para onde vai, e por que você criou
a confusão em que se meteu para começar.
Você terá uma morte horrível, lembre-se.
Tudo é um bom treino, e você gostará
mais se conservar os fatos
em mente.
Mas leve sua morte a sério.
Rir a caminho de sua execução
não é normalmente compreendido por formas
de vida menos avançadas, e
o chamarão de doido.

Aprender
é descobrir
aquilo que você já sabe.
Fazer é demonstrar que
você o sabe.
Ensinar é lembrar aos outros
que eles sabem tanto quanto você.

Vocês são todos aprendizes,
fazedores, professores.

A sua única
obrigação em qualquer vida
é ser sincero consigo mesmo.
Ser sincero com outra pessoa ou
outra coisa não só
é impossível, como ainda é a
marca de um falso
messias.


As
perguntas mais simples
são as mais profundas.
Onde você nasceu? Onde é o seu lar?
Para onde vai?
O que está fazendo?

Pense sobre
isso de vez em quando, e
Observe as suas respostas
se modificarem.

Você
ensina melhor
o que mais precisa
aprender.

Viva
de modo a nunca
se arrepender se algo que você faça
ou diga for publicado
pelo mundo afora -
mesmo que
o que for publicado
não seja verdade.

25 agosto 2006

Mulher...

Nice Barth
São Paulo, 14 / 08 / 2006


É amena, é bravia,
É a noite, é o dia,
É inteira, é fatia
É Raquel e é a Lia

É serena, é ansiosa,
É ferina, é amorosa
É valente, é medrosa
É quieta, é perigosa

É violino, e é orquestra
É cidade, e é floresta
É sinistra e é a destra
É discípula e é a mestra

É feliz e é felina
É antiga e é menina
É a lua e é neblina
É real, é esterlina

É atéia, é malandra
É Medéia, e é Cassandra
É o réu, é o juiz

É fugaz, é permanente
É a Eva, é a Serpente
É furiosa, é carente
É nascida e é matriz

É certinha, é descuidada
É o filé, é a salada
É a bruxa e é a fada
É canção, é trovoada

É a massa, é a caça
É a pedra, e é fumaça
É a boca, e é mordaça
É o vinho e é a taça

É a graça, é a raça
É limão, é a cachaça
É o banco e é a praça
É mistério e esplendor

É amor, é indiferença
É a fé, é a descrença
É a vida, é a morte
É tão frágil, é tão forte

É espírito, é matéria
É terrena, é etérea
É esboço, arte final

É tangente, é secante
Diapasão altissonante
Fusa tridimensional.

24 agosto 2006

"Amor e Felicidade incondicionais"

Acho, acho não, tenho certeza que amor e felicidade incondicionais são eventos impossíveis de acontecer. Principalmente porque vivemos na Terra. A terra é habitada por bilhões de seres humanos. E esses seres humanos têm necessidade de muitas coisas materiais para viver:

- Comida
- Saúde
- Uma cama
- Sapatos
- Agasalhos
- Ausência de massacres e assassinatos

E outras coisinhas mais, não materiais:
- Carinho
- Amizade
- Notícias boas
- Equilíbrio em seu país
- Equilíbrio nos outros países
- Paz em todo o mundo

Já discutimos sobre isto. Minha prosa é barata, porém, parodiando Medéia, nenhum homem é uma ilha. Estamos ligados pelos meios de comunicação com o mundo todo, inclusive, com a comunidade em que vivemos. É impossível a um ser humano se isolar numa redoma de cristal(Hoje estou demais!) e fazer de conta que está feliz porque parou seu carro na rua e veio um flanelinha tomar conta dele. Que alegria! Mais feliz ficou ainda por ter que tirar a frente de seu velho cd player do painel e escondê-lo embaixo do banco. Antes disso, ouvia a CBN que anunciava que Israel havia destruído mais uma creche e que a na África, a AIDS estava matando mais que a fome, a inanição. Vendo o jornal local decobrimos que Marcela, de dois aninhos, tem um câncer e que só sobreviverá se a família conseguir 380 mil reais para fazer um transplante. Depois disseram que 158 congressistas, eleitos e pagos por nós desviaram milhões de reais na compra de ambulâncias para nossos SUS.
Fugindo dessa linha, como ficar feliz incondicionalmente se minha netinha ficou com febre três dias e não estava comendo nada? E o marido da faxineira que precisa de remédios caríssimos e vai morrer a qualquer momento pois não tem grana para comprá-los? E o meu carro que levou uma cacetada na traseira? Vou ter que ficar andando de ônibus 30 dias... E esse cigarro que continuo fumando e que não consigo parar, que fica me perturbando dia e noite?

Tudo bem. Há o outro lado da moeda. Milhares de coisas boas, felizes aconteceram ao mesmo tempo das desgraças acima ditas. Porém, não é possível filtrar só as boas e ignorar as ruins. Estas vêm a nós a toda hora. Como ignorar o mundo? Fala sério!

Por essas razões simples e diretas, esses tais de amor e felicidade incondicionais só existem no capítulo final das histórias da carochinha, que, por sinal são dirigidas a crianças.

Talvez no Himalia os monges tenham atingido essa fantasia, pois parece que eles vivem completamente isolados do mundo e de pessoas.

E chega por hoje, oras bolas!

22 agosto 2006

SE, de Shiost 65

SE...

Se és capaz de,

Num almoço de república

Escolheres o menor bife e

disseres: "É o bastante!"

E se, num trem de subúrbio lotado,

Ofereceres teu lugar a uma gestante...

E se, além disso, numa passeata de 64

Abristes teu peito e dissestes "Sou estudante!"

E, se num baile famoso do Paineiras

Te negastes a dançar com uma debutante...

E, pior que tudo isso, se, na hora agá,

Com tua amante, interromperes o idílio,

Então, és uma besta, meu filho!

Poema composto em 1965, época de faculdade, na aula de Física I.
Devido a alguns lapsos de memória não nos é possível garantir a fidelidade do texto.


21 agosto 2006

MUSA INTERMITENTE

Mais uma da Nice. Sugiro que leiam em voz alta e, se conseguirem chegar ao final, sem perder o fôlego, me ensinem o truque.
Percebam também o sintetismo dos versos e a cadência desumana. Observem também mais uma foto da China.

MUSA INTERMITENTE

Qual é a mancha
Que me desonra?
Que avalanche
Me angustia?
Que abulia
Mexe comigo?
Que alforria
Não conquistada
Me submete
Nesta Cruzada?
Quem é a Força
Que me combate?
Que disparate
Me deixa louca?
De quem os moucos
Ouvidos fúteis?
De quem inúteis
Conversas rasas?
De quem o pranto
Que me transforma?
De quem a forma
Que me encanta?

De que garganta
Esta cantata,
Que me arrebata
E me fascina?
De quem a mina
De ouro e prata
Que me relata
O velho índio?
Que merovíngio
É descendente
Da antiga raça
Desse Graal?
Porque o medo
Desse segredo
Tão bem guardado
Pela Vestal?
Quem é a onda
Que me transporta?
De quem é o ombro
Que me suporta?
Quem é a rocha
Que não se move?

De quem a asa
Num vôo cego?
De quem o Ego
Que me ignora?
Quem é que ora
Com tanta fé?
De quem o pé
Que acaricia?
Quem é a água
Que se derrama?
Qual é a cama
Que me repousa?
Quem é que ousa
Ser meu mandante?
Quem é o amante
Que me recusa?
De quem a boca
Que me enlanguesce?
De quem os braços
Que me aquecem?
Quem é o césio
Que me dissolve?
Quem me devolve
A confiança?
Quem é que usa
O meu berrante?
Quem é a Musa
Intermitente
Que, inconseqüente,
Me faz feliz?
De quem os dentes
Na boca muda?
De quem o véu
Nos olhos cegos?
De quem os pregos
Nos meus sapatos?
Que peculato
Me causa horror!
De onde a dor
Que me perfura?
De quem as garras
Que me seguram?
De quem a louca
Risada impura?
De quem a pura
Risada louca?
De quem a teia
Que me aprisiona?
Quem é a aranha
Que vive nela?
De quem o negro
Velho casaco?
De quem o taco
De beisebol?
De quem o brilho
Azul da lua?
Quem é que atua
Naquele palco?
Porque o álcool
Nessa garrafa?
Porque se estafa
Pai de família?
E da vasilha
Não vejo o fundo?
Porque o mundo
Está tão mudado,
Que desse mundo
Não faço parte?
Eu quero em Marte
Plutão, Saturno
Ouvir noturnos
Da velha arte...
Quem é o barco
Que me naufraga?
Qual é o marco
Que me assinala?
De quem o sopro
Que me estimula?
De quem a chula
Conversa oca?
De quem as penas
Das asas sujas
Do negro óleo,
Como gangrena?
Qual é a prata
De compra e venda?
De quem a moeda,
De cunho estranho,
Que foi meu ganho
Em outra vida,
Quando bandida,
Morri matada?!
De quem a morte
Que me aguarda,
Dentro da farda
E do passaporte?
De quanto sangue
Precisa a veia?
De quantos fios
Precisa a teia?
De quantos rios
Precisa o homem,
Louco de fome,
Pra poluir?
Quem abandona
Velhos na rua?
Quem é a nua
Mulher que dança?
Dessa criança,
Quem é o pai?
Quem é que alcança
Um sonho louco?
Quem ama pouco
Não ama nada!
Em quantas fadas
Eu acredito?
De quem o grito
De orgasmo quente
Que, de repente,
Emudeceu?
Qual é a nota
Dessa sonata?
Qual o compasso
Da melodia?
Qual é a rima
Dessa poesia?
Qual é o aço
Desse punhal?
De onde a bala
Que me atinge?
Quem é a falange
Que me destrói?
Se mais não posso
Falar, engulo,
Tornando nulo
O que me dói...


Nice Barth
S. Paulo, 25 de julho de 2005.

Belezas naturais

Ouvindo trudia uma rádio de Piracicaba, ouvi um entrevistado, que estava organizando uma mostra de fotos antigas da cidade, dizer que havia viajado muito pelo Brasil e que achava Piracicaba uma das cidades mais bonitas deste país. Pelo jeito ele ainda não havia viajado ao exterior, portanto se limitou a comparar sua cidade às do Brasil. Fiquei matutando e percebi que, realmente, há lugares bonitos, nessa cidade, como a Faculdade de Agronomia e a Rua do Porto. No entanto, tirante estes dois lugares, considero Piracicaba uma cidade muito feia. Coincidentemente, recebi um e-mail de uma chinesa radicada nos EUA que enviou fotos da China. Paisagens aéreas. A partir de então considerei a China o país mais lindo do mundo. A postagem anterior mostra uma dessas fotos. Pensando um pouco mais, acho que Diadema, a cidade mais feia que conheço deve ter também seu cartão postal. Que não devem ser aquelas favelas, aqueles aglomerados de casas inacabadas, sem reboque que a gente vê aos milhares quando passa por ela. Deve haver um local à beira da represa(Lá tem represa?) que deve ser maravilhoso. E também a China, quando mal fotografada deve ter lugares horrorosos. Para terminar estas considerações extremamente extremas, digo o seguinte: Tudo depende do fotógrafo e dos nossos olhos. Pois não é que teve um fotógrafo que ficou famoso fotografando merda?!

Acho que outro ficou famoso fotografando a China. Vejam abaixo:

19 agosto 2006

Prega no Tempo

Abaixo uma poesia da Nice. Apreciem com moderação.

PREGA NO TEMPO
S. Paulo, 06 / 06 / 2005

Curiosa, fico pensando
Porque escrevo só poesia?
Porque tudo estou rimando?
A prosa me vem à noite
E a poesia vem de dia?
Fico pensando, curiosa
E a mim mesma perguntando
Porque não escrevo prosa
Porque só fico rimando?
Buscando entendimento
Olho através da janela
E vejo o sol dentro dela,
Vejo o balanço do vento,
Na verdade, só um alento,
Nas folhas da goiabeira
E nas folhas da videira,
Até o gato do vizinho
Dorme do muro, na beira
Como num doce abandono...
Dia bonito de outono.
Meio-dia e os passarinhos
Num silêncio desusado
Devem estar nos seus ninhos
Num almoço descansado...
O dia parece suspenso.
Até o vento foi embora
E o silêncio fica imenso,
Como uma prega no tempo
Segura com clipe grande.
Estou quase acreditando
Que é verdadeira essa imagem
Que ganhei uma passagem
Pra outro lugar e hora
Fui com o vento pra fora
Do lado de lá da janela
Onde há um barco à vela
Na prega do tempo, parado
Há um único convidado
E sou eu: ele me espera...
Daqui até a janela
São cinco passos, se tanto...
E devagar me levanto
Com cuidado, apóio os braços
Nos braços da velha cadeira
Dou o primeiro passo
Lembrando o tempo e a prega,
Tal e qual cortina brega,
No seu clipe mal segura...
Mas nem penso na aventura
Que vai se desenrolar...
Mais três passos... Da janela
Onde está o barco à vela
Logo vou me aproximando
O vento voltou e as velas
Do barco vão se enfunando
Mal respiro, ando de leve
Devagar e de mansinho
É o mais longo dos caminhos
Que me foi dado trilhar
Mas, antes que eu desse a volta
O grande clipe se solta
E o tempo começa a andar...
Tique-taque ritmado
Do relógio muito antigo
Ribomba no meu ouvido
E me prende aqui no chão
Então olho pra janela
Não tem barco, nem tem vela,
Mas tem sol e goiabeira
Tem canto de passarinhos
Tem o gato do vizinho
E o balanço da videira...



Nice Barth
S. Paulo, Maio de 2005

18 agosto 2006

O blog não pode parar

Com febre, cansado, sem disposição para ligar o micro e com uma baita diarréia, falhei do dia 16 e 17. Porém, volto à ativa, como disse o ex-Fenômeno após sua sexta operação. Dizem que sua frase preferida era: Volto à inativa. Mas, o caso não é esse. Sócrates ao escrever seus tratados filosóficos usada uma tinta composta por uma mistura de couve-flor, couve-manteiga, carvão e açaí da Amazônia, vegetais nativos da Grécia. A cor era verde-musgo. Cansado dessa cor, consultou Mesmeu, o filósofo triste que disse que já estava utilizando a Pensilvânia's Factory Ink, que estava com um novo produto no mercado, oferecendo todas as tonalidades possíveis. "Eu quero azul." Tudo bem, disse, Mr. Ink II. E mandou alguns galões de tinta azul ao Sócrates. "Agora eu quero vermelha." "Agora eu quero magenta."Pois não. "Agora eu quero marron." "Agora eu quero rosinha." E assim foi. Porém, Sócrates percebeu que, dependendo da cor, seus escritos eram mais, ou menos profundos. Contratou então a Arthur & Sons Audit and Logistic para apurar, após ler seus 679 tratados sobre a acumpuntura na psiquê da enteada, em que tinta seus tratados eram mais incisivos. Infelizmente, o veredito da Arthur só saiu 12 anos após a morte de Sócrates. Até hoje é essa a explicação dada pelo fato de que seus tratados, embora tão sérios foram escritos em cores tão alegres.

Nota do editor: Em função do teor histórico do artigo deixamos de publicar hoje a poesia da Nice, em respeito à poesia.

15 agosto 2006

Not a good day - Explanations

Não foi por acaso que o título do blog anterior foi "Not a good day". Primeiro porque resolvi escrever em Inglês, e como se sabe, Inglês não é forte de quem não sabe Inglês. Além disso, pretendia alongar a narrativa(o que aumentaria o meu sofrimento), porém eis que chega uma chamada do Skype de uma prima muito querida: a Nice. Não falava com ela desde o século passado, eu acho. E, papo vai, papo vem, até o Timtimdez foi convidado a entrar na conversa e eu tive que digitar o fim do blog com um dedo só e conversando com minha prima. Não deu nem para por a foto do dia. Mas valeu a pena. Essa Nice é uma pessoa extremamente inteligente, eu diria que é uma gênia, pois pinta, escreve poesias e toca sanfona melhor que o Luiz Gonzaga. Ela me enviou algumas poesias que, de tempos em tempos, publicarei neste espaço democrático e aberto a todas as opiniões que coincidam com as minhas.

Primeira poesia, que ela chama de poemetos.

RIMA NOBRE (Nice Barth)

De um verso, a rima nobre
Torna mais fácil lembrar
O espírito da Poesia
Pois quando o ouvido descobre
A lógica da cadência,
Da palavra a melodia,
O cérebro toma ciência
E a matéria se habitua,
Todo o verso flui macio
Como um nítido assobio,
Ou um batuque de rua...


14 agosto 2006

Not a good day

This evening, arriving at home I was informed by my wife that my son's family was diseased. The disease was the famous rotavirus. Indeed, my wife fone my cell and told that I should come back home imediatelly to take may son to Unimed, because he was very bad. Her voice failled when she was talking to me, so I began to imagine another possibilities. And the main cause, I had no doubts about it: My mother, 92 years old had died. Obviously because she was taking medicines for the cough and labyrinthine. But the reallity was that the rotavirus was the real theme of the fone call. Thanks God!

13 agosto 2006

Poções Mágicas

De tempos em tempos aparece no Brasil e outros países poções milagrosas que servem para curar todos os tipos de doença. A poção da moda agora é preparada com os Tibicos, uma espécie de fungo, que foi oferecida à Madre Tereza de Calcutá por monges do Tibete, para que ela a usasse para o tratamento dos pobres. Este preparado só pode ser distribuído de graça, pacto firmado entre a Madre e os monges, não podendo, em hipótese alguma ser comercializado. O interessante é que os fungos se reproduzem, dobram em quantidade de um dia para o outro, então, a vizinha pode dar para a outra que, no dia seguinte dá para a sogra e assim por diante. Em minha casa já existem 3 porções que serão distribuídas às amigas da Lucy assim que eu preparar a bula.

O primeiro contato que tive com essas poções milagrosas foi há muitos anos, quando minha classe de primário, eu acho, foi à Tambaú, numa excursão. Foram levadas várias garrafas de água que seriam benzidas pelo padre de lá. Na sala de aula, no outro dia, após a excursão os frascos eram mostrados aos alunos que tinham que ver nele a imagem de Nossa Senhora. Vários coleguinhas viram a imagem. Eu não via de jeito nenhum e olhem que, naquela época eu ainda tinha fé. Essa água benta servia para curar tudo.

Depois vieram outros modismos: água oxigenada, pílulas de cartilagem de tubarão, duas gotinhas de limão em jejum, Noni e assim por diante. Há mais um monte, mas hoje não estou me lembrando de nada. Help me!

Abaixo fotos da criação cogumelos do sol: TIBICOS

10 agosto 2006

A Relíquia

A Relíquia é o nome de um romance de Eça de Queiroz, que por sinal, não gostei. Gosto mais do gênero de Os Maias, O Crime do Padre Amaro e o Primo Basílio. Achei "A Relíquia" meio estranho, diferente do que eu queria ler. Mas, como não entendo nada de literatura, minhas críticas podem ter sido as mais absurdas e ignorantes possíveis. Mas, a relíquia de que hoje trato é outra. Recebi em minha casa através de umas peripécias de minha mulher(esposa é a dos outros) o livro de Nikos Kazantzákis "Carta a El Greco". Este livro é o preferido, aquele que ele levaria para uma ilha deserta, do Zecão. Influenciado por sua devoção e apego ao livro, enchi-lhe tanto o saco que ele conseguiu que uma grande amiga sua o levasse à casa de minha mãe, onde minha mulher o apanhou e o trouxe para casa. Parece que a edição é de 1956. Está bem amarelinho e as folhas parecem determinadas a partir para outro estado da matéria, ou seja, estão querendo virar pó. Assim, em respeito ao irmão de blog e dono da relíquia, furto-me ao desejo de lê-lo e o guardarei sob 6 chaves até o retorno do dono. Enquanto isso, fuçarei em alguns sebos à procura de outro exemplar. Tem um sebo em Limeira que, bem na entrada tem uma placa que diz mais ou menos assim: "Favor não fuçar nos livros."
Outro tópico interessante: Para saber escrever corretamente o nome o autor do livro recorri à Internet e me lembrei imediatamente de outro livro, que virou filme, Zorba, o Grego. Pois não é que nos sítios onde entrei não havia nenhuma referêncxia ao autor do livro que deu origem ao filme, mas somente os nomes do Diretor, atores, produtores, técnicos, etc. Pode?

09 agosto 2006

Addicted

Após muitos dias de pequisa e observação cheguei ao máximo que um brasileiro poderia chegar. Descobri a cura para todos os males, descobri a maneira de acabar com a mendicância neste país, descobri como os desempregados podem viver felizes, sempre com um dinheirinho para pagar suas contas e mesmo viver suas horas de lazer. Dinheiro deixará de ser problema para sempre. É o seguinte: Freqüento um barzinho em Piracicaba que tem umas 5 máquinas tipo caça-níquel, parecida àquelas usadas nos cassinos. A diferença é que a gente não põe moeda mas sim notas e o pagamento é feito pelo dono do buteco. Acontece que segunda-feira joguei 5 reais e ganhei 20, em no máximo em 5 minutos. Na quinta joguei 5 e saí com 30. Hoje joguei primeiro 5 e saí com 20, depois joguei mais 10 e perdi. Meu lucro hoje foi de 5 reais. Ganhos, no máximo em 5 minutos. Sabendo que a hora tem 12 períodos de 5 minutos, se eu continuasse tendo este lucro ínfimo, iria ganhar 60 reais por hora. Se eu jogasse 8 horas por dia ganharia 480 reais por dia, o que daria um salário mensal de R$9.600,00, sem precisar jogar aos sábados e domingos. Portanto, se todos os desempregados, mal-empregados e mendigos tivessem a sua disposição 5 reais, todos os problemas monetários estariam resolvidos. Porém, é preciso ter persistência, controle e determinação. Se você joga 5 e ganha 20, pare! Ponha mais 5 e fique de 8 a 10 horas na frente da maquininha. E assim, seus problemas terminarão.

08 agosto 2006

XIBIU ELÉTRICO

Reproduzo aqui um artigo muito antigo, dos primórdios da Internet, mas, que conssidero muito bom.

Orgasmo feminino é coisa da qual as mulheres entendem muito pouco e os homens muito menos. Pelo fato de ser uma reação endócrina que se dá sem expelir nada, não apresenta nenhuma prova evidente de que aconteceu ou se foi simulada. Orgasmo masculino não! É aquela coisa que todo mundo vê, deixa o maior flagrante por onde passa. Diante desse mistério, as investigações continuam e muitas pesquisas são feitas e centenas de livros escritos para esclarecer este gostoso e excitante assunto.
Acompanho de perto, aliás, juntinho, este latejante tema. Vi outro dia no programa do Jô Soares, uma sexóloga sergipana dando (?) uma entrevista sobre orgasmo feminino. A mulher, que mais parecia a gerente comercial da Wallita, falava do corpo como quem apresenta o desempenho de uma nova cafeteira doméstica. Apresentou uma pesquisa que foi feita nos Estados Unidos para medir a descarga elétrica emitida pela xana na hora do orgasmo, e chegou a incrível conclusão de que, na hora H, a periquita dispara uma descarga de 250.000 microvolts. Ou seja, cinco pererecas juntas ligadas na hora do "aiaimeudeus", seria suficiente para acender uma lâmpada. Uma dúzia então, é capaz de dar partida num fusca com a
bateria arriada. Uma amiga me contou que está treinando para carregar a bateria do telefone celular. Disse que nos finalmente, tcham, carregou! É preciso ter muito cuidado porque isso não é mais xibiu, é torradeira elétrica. Você coloca a linguicinha lá e "brrrzz", sai torrada...
Pensei: camisinha agora é pouco, tem que mandar encapar na Pirelli ou enrolar com fita isolante. É recomendável, meu amigo, na hora que você for molhar o seu biscoito, lá na canequinha de sua namorada perguntar: é
110 ou 220 volts? Senão, meu xará, depois do que essa moça falou no Jô pode dar ovos fritos no café da manhã!

07 agosto 2006

Fim de semana

Por algum motivo indefinido não consigo produzir nada no fim de semana. Dizem alguns entendidos que fim de se usa em fim de semana, fim de mês, fim de ano, etc.. Dizem ainda que quando acabam as aulas o pessoal costuma dizer final de ano letivo, final de curso, final treinamento e final de governo. Outro entendidos dizem que tanto faz, é ao gosto do freguês. Em Portugal é mesmo fim-de-semana com hífen. No Brasil não sei se tem hífen. Mas, não escrevo nada no fim de semana, fico com preguiça e nem ligo o micro. Vou esquentando na segunda e quando chega tipo quarta ou quinta consigo escrever alguma coisa que preste para mim. Por isso, estou caindo fora.

04 agosto 2006

33 anos

Faz exatamente 33 anos e 2 minutos que estou casado. Por coincidência também foi numa sexta-feira, como hoje. Quero marcar esta data: 4 de agosto de 1973. Dizem os superticiosos que dá azar casar em agosto, pois o casamento não durará muito. Poucos casamentos são realizados em agosto. No entanto, na minha irmandade fraterna este fato não foi comprovado, pois minhas 2 irmãs também se casaram em agosto e os casais estão juntos até hoje. Vim disposto a comemorar a data com um jantar fora, num restaurante de primeira. Lucy disse que era bobagem por dois motivos: Primeiro- Em Limeira não tem restaurante de primeira. Segundo: Não estava com saco de sair. Ante tão perfeita argumentação resolvi tomar um uísque, descer para o micro e escrever estas linhas.

OBS.-
Ainda estou abestalhado com o tratado sobre flatulência publicado pelo Zecão ontem, 3 de agosto, porém, acho que foi culpa direta da sua filosofia caótica e ordenada. O caos venceu de goleada desta vez, mas foi muito divertido. Vou encaminhá-lo a muitas pessoas pois é muito educativo.

A foto abaixo foi tirada após o sacrifício da cerimônia religiosa, já dentro do carro que nos devolveria ao mundo real.

02 agosto 2006

ISRAEL

Neste momento de crise mundial não poderia de externar meu repúdio contra a atitude de Israel, de matar centenas de crianças e pessoas inocentes por uma pura demonstração de força. O seqüestro de dois israelenses não justifica essa matança indiscriminada no Líbano. Considero Israel e os Estados Unidos os maiores países assassinos da Terra. Lembrem-se da guerra covarde contra o Iraque, baseada em motivos claramente demonstrados como falsos(armas nucleares em poder dos iraquianos) e dos assassinatos diários de palestinos. Não devemos esquecer também a matança da guerra do Vietnam, na qual os americanos, embora derrotados, mataram milhões de vietnamitas do norte e do sul.

Assim falou Shiost.

Este desabafo não carece de uma foto.

Presidente ou ex-presidente

Mandei um e-mail para o Prof. Cláudio Moreno que reproduzo abaixo:

"Quando me dirijo pessoalmente a um ex-presidente devo dizer Presidente e perguntar qualquer coisa ou Sr. Fernando?"
Resposta do professor:

"Olha, Aguiar, a praxe (e o bom tom) é usar o título mais alto que a pessoa já teve. Quando falavam com o Brizola, chamavam-no de "governador", embora ele estivesse fora do governo; Paulo Brossard é chamado de "ministro", Erundina é chamada de "prefeita" e FHC é chamado de "presidente". "

Abraço. Prof. Moreno

P.S.: quando quiseres fazer outra pergunta sobre nosso idioma, não uses o orkut, mas sim o meu site www.sualingua.com.br

OBS.- O linguajar do professor é justificado, pois ele é lá de baixo. Gaúcho ou paranaense.