11 janeiro 2007

Criatividade, dúvidas cruéis

Resolvi pedir uma corda para minha mãe ou para a Geny. Não me lembro bem. Era uma grande idéia. Para subir na jaboticabeira de meu quintal de Pirassununga tinha que pegar um caixote, por um tijolo em cima para alcançar o primeiro degrau, ou seja, primeiro galho da dita árvore. Com a mão. Após um esforço concentrado, como fazem os deputados antes das férias de 300 dias, conseguia me alçar e sentar confortavelmente num galho um pouco acima e começar a caçar as jaboticabas. Surgiu a idéia: faço um anel com a corda, ponho meu pé dentro, jogo a corda no primeiro galho e, com toda minha força dos oito anos e idade, puxo a corda e me elevo até o primeiro degrau. O resto seria fácil. Joguei a corda, fiz um laço, enfiei meu pé nele e puxei a corda. O galo ficou exatamente onde se encontra hoje o início de minha careca. Minha careca é como aquela dos monges capuchinhos, mas muito bonita. Ao puxar a corda, meu pé se levantou e minha cabeça abaixou, indo de encontro à terra batida. Foi uma grande porrada. O pior é que não tinha como explicar tal façanha, devido à burrice nela envolvida. Meus pais eram inteligentes, e como! Agora começa a segunda parte, para a qual peço a colaboração dos meus inteligentes e criativos leitores: Por que a porrada na cabeça se chama galo? Não importa se atrás, na testa ou na lateral. É sempre galo. Essa pode ser fácil. Mas há outra pergunta muito mais difícil: A distância entre o piso de sua sala e o teto (laje) é conhecido como pé direito. Alguma sugestão? Duvido....


Viagem à Usina