05 setembro 2006

Mais poesia

ARPEJOS E ACORDES



Imagina que eu sou tua guitarra
De que tiras acordes proibidos
De meus cabelos multicoloridos
Que te atraem e que tu agarras

Imagina que eu sou o derradeiro
Violino Stradivarius, teu inteiro,
Que se abre a teu arco masculino
E te devolve os sons mais celestiais

Imagina que eu sou o teu piano
Que minhas teclas tu acaricias
E eu te dou meu hino mais profano
E meus arpejos sexuais

Imagina que sou a tua flauta
E que tua boca é tão incandescente
Que nossa sinfonia é espaçonave
Que viaja e explode interminavelmente...



Nice Barth
S. Paulo, 31 de Julho de 2005

2 comentários:

Anônimo disse...

A pedidos do "Zecão" aqui vai o meu comentário.
A Nice deve ter não um filósofo triste escrevendo através dela, mas um poeta um pouco erótico. Ela disse que acha tal fato interessante: escrever poemas nesse estilo!

marianicebarth disse...

Honi soit qui mal y pense, timtim... Você entendeu o que quiz... "Que se abre a " absolutamente não quer dizer "me penetra com ". São dois estados diferentes. Mas, como já disse, jamais contesto a minha musa intermitente...