16 junho 2006

Peladão

Esta história é verídica e verdadeira. Fomos, num fim de semana para a Praia Grande. O Tonico, eu, o Dudu e o Jão. O clima estava muito bom e fomos ao mar, pegar ondas. Daí começou a brincadeira da bandeirinha. Cada um tirava seu maiô e falava: Olha a minha bandeirinha!" "Olha o cuecão do Dudu". "Olha o meu calção aqui!" e numa dessas bobagens todas meu calção foi embora. O pessoal se encheu o saco da brincadeira e foi jogar futebol na praia. Eu fiquei gritando: " Esperem um pouco, fiquei pelado, perdi meu maiô! Porém, ninguem acreditou. Assim, fiquei mais ou menos duas horas no mar, me levantando quando chegava a onda e me abaixando quando ela ia embora, para esconder minhas partes impróprias. Daí chegou um menininho de uns dez anos e tentei explicar a situação para ele, mas, não adiantou. Ele não quis me emprestar seu calção nem a camiseta para eu poder sair do mar. Se fosse hoje em dia, eu sairia tranquilo, pois meu pudor já foi pro espaço. Mas, naquela época, aos vinte anos, em 1965, a história era outra. Finalizando: Depois de duas horas meus "amigos" notaram a minha falta e foram me procurar. Cagaram de dar risada, me arrumaram uma toalha e, finalmente consegui sair do mar, muito puto. Durante muito tempo fui chamado pelos "amigos" de Peladão. "Olha quem chegou aí, o Peladão." Mas, como tudo passa, isto também passou. O Peladão é apenas uma história do passado. Porém, nunca fiz tantas flexões em minha vida. Esse acontecimento deu início a fisioterapia denominada atualmente de hidroginástica.

3 comentários:

Anônimo disse...

Essa estória é inédita para mim!
Como iria falar essas coisas em casa? !
Concordo com timtimdez: "quem tem amigos como esses não precisa de inimigos"! Quem sabe a euforia da idade, de estarem "curtindo" a natureza, fez com que o abandonassem nessa situação!
Deve ter sido patético nos seus 20 anos!
Viu como sou fiel? Vejo o seu blog
todos os dias!

caos e ordem disse...

Tem gente que num entende que numeros em uma narração nunca são exatos e podem ser um reforço de expressão,como no caso duas horas, podem significar um tempo muito menor.
Com uma safra tão escassa de escritores blogueiros temos que ser muito condescendentes com quem escreve.
O que está muito boa é a memória do Shiost pra lembrar os nomes de 40 anos atrás.

assim falou o Zecão

Antônio disse...

Caro Zecão

Acontece que esse quarteto andou junto muito tempo nos mesmos bailes, cinemas e butecos em São Paulo. Não para esquecer os nomes. Quanto às duas horas, olha, para mim pareceram ser umas seis...