12 julho 2007

Coisas da vida

Sábado resolvi ir à São Paulo pela Anhangüera, aproveitando para almoçar em um Graal qualquer. Após o péssimo serve-serve, lembrei-me que esqueci os documentos do carro. Fiz o retorno para voltar e no viaduto de entrada para Limeira vi um rapaz desesperado, parado ao lado de um carro muito chic, Corolla, Honda, Fusion, Vectra, muito lindo, prata, reluzindo ao sol das 2 horas no meio de um canteiro, sobre a grama. Parei e daí apareceu o rapaz de uns 35 anos, bem vestido, de ótima aparência me dizendo que, num churrasco de confraternização da família, seu filho havia pegado sua bolsa com dinheiro, cartões, talão de cheque, etc. e colocado no carro de seu sogro, que há horas, já tinha se mandado para Ribeirão. Daí sua mulher começou a chorar pois estava sem gasolina e dinheiro para o pedágio e se eu arrumasse qualquer coisa ele me agradeceria muito, etc. Vou te dar 20 reais, Está ótimo, muito obrigado, me de sua conta, pois assim que o banco abrir eu deposito na sua conta, Tem uma caneta, Lucy, Não, Espera um pouco vou buscar uma no carro, Dá mais 20 pra ele, Será que eu devo, Vai, manda vê, Olha a caneta, Olha, vou te dar mais vinte, pois estou confiando em você, Muito obrigado, etc. Anotei o número de minha conta num cartão de visita e passei para ele, Muito obrigado de novo,Tudo bem, tchau. Sua família toda acenou e agradeceu de longe e fui para casa pegar o documento do carro. Que cara de sorte, hein, Pois é, se a gente fosse pela Bandeirantes, quem iria ajudar esse coitado, E se eu não tivesse esquecido o documento, Que loucura, Eu quero ver se ele vai depositar mesmo, E você nem pegou a placa do carro, Acho mais difícil ficar correndo atrás de 40 reais, em Ribeirão, É verdade. Fui para casa, peguei os documentos e fui visitar os pais da Lucy. Desta vez fui pela Bandeirantes. Tudo aconteceu no sábado. Hoje é quinta e até agora o dinheiro não foi depositado. Ao comentar o fato com Mesmeu, ele perguntou: Mas você não sabia que no sábado, 7 de 7 de 2007 seria lançado mundialmente "O Golpe do Viaduto"?

4 comentários:

marianicebarth disse...

Se você receber o dinheiro, não deixe de contar aqui, quero saber.
Aconteceu conosco aqui numa lanchonete perto de casa. Apareceu um homem de uns 30 anos, bem vestido, mulher e uma criança, à noite, dizendo que havia sido roubado e não tinha como ir para casa, precisava para uma condução. Estavam a pé. O menino de uns 3 anos chorava e a mulher parecia apavorada. E que se a gente desse pelo menos uns 30 reais, ele depositaria no dia seguinte. Ele ainda disse:
-Espero que nunca aconteça com vocês.
Nós também demos, mas só 10,00. E o Nelson disse que não precisava depositar nada. O gerente da lanchonete, disse que eles fazem ponto ali...
Veremos se com você foi também um golpe. De repente, pode até ser verdade, ninguém está livre e a gente fica se identificando com a pessoa.

Anônimo disse...

Como não acredito em acaso, vc tinha que estar lá naquele momento para ajudá-lo ou testar a sua benevolência. Quanto ao fato de não ter depositado o $, caso não o receba, o importante é que fez o que a consciência pediu. Se não tivesse feito podia agora estar arrependido e isso é uma sensação péssima! VIVA MEU IRMÃO SHIOST! O resto... 40,00 é o menos importante, mesmo para quem não é rico.

Anônimo disse...

VIVA TAMBÉM POR ESTAR NOVAMENTE AQUI!!!

Anônimo disse...

Também eu não conhecia o "golpe do viaduto". Tenho para mim que os 40 ainda vão aparecer. Se não, é aquilo mesmo que a irmãcaçula disse: mais vale sua benevolência testada. Eu teria feito o mesmo.