02 maio 2006

The book is on the table

No século passado, mais ou menos em 1983,1984 me voltei ao estudo do inglês com uma excelente professora particular. A Lígia, irmã do Ricardo Galzerano. Estava craque nas gramáticas e bem avançado nas conjugações mais complicadas e voltava para casa carregado de exercícios e livros específicos para ampliar meu vocabulário. Nesta época, eu me lembro bem, teve lugar minha maior atividade de consertos e afazeres domésticos. Era um tal de eu consertar torneiras, trocar chuveiros, instalar novos lustres, tirar os novos e colocar os antigos, arrumar as antenas de TV, lustrar sapatos, lavar louça, organizar as fotos das crianças, arrumar minhas gavetas de cueca, etc. Tudo para não estudar inglês. A aula era semanal e no dia anterior eu fazia os exercícios correndo e lia o livro que podia, de manhã, no dia de aula, no trono. O jornal, neste dia, ficaria para a noite. Como não podia deixar de ser, deixei de ser aluno da querida professora e parei com o inglês. Felizmente o inglês falado não me fez falta, mas, o que aprendi naquela ocasião me deixou muito à vontade para ler tudo o que vai pela internet e pelos artigos técnicos voltados a minha área. Mas, o New York Times, esse não dá prá ler não. Porém, o que mais me entristece e é parte integrante da minha pesonalidade é a total inibição que tenho quando aparece uma oportunidade de falar com alguém nesta língua. Fico mudo e, quando falo qualquer coisa, sai tudo errado. E o pior é que, se eu fosse escrever o que deveria ter falado, sai tudo direitinho. Psicólogos, me aguardem. Existe aqui um cliente em potencial.

Um comentário:

caos e ordem disse...

Olá Shiost, que coincidência, não tinha lido seu BOOK ON THE TABLE, li agora à noite com 24 horas de atraso. Coincidência que sem ter lido, hoje cedo também escrevi sobre minha professora de Inglês. Falar eu falo, se o cara for meio esperto consegue me entender, agora entender o que eles falam é que são elas, mas eu ainda chego lá.

escreve que eu leio e comento, nem que seja atrasado.