28 março 2007

Romaria

Após o churrasco, achando que devíamos prestar graças à humanidade, saímos Zélia, Lucy, Timtim, Terezinha e eu pelas ruas do condomínio entoando canções sacras, litúrgicas e sambas de breque. Foi uma homenagem ecumênica à humanitas. Começamos com " Levantai-vos soldados de Cristo", seguida por "Com Cristo no barco tudo vai muito bem", quando a Zélia resolveu cantar em Latim um trecho da lide de Verônica contra os deutérios, usando seu dom natural de contralto. A certa altura, achando que devíamos também homenagear os pobres mortais, partimos para o popular quando entoamos, em dueto, trio ou quarteto o Samba do Arnesto, Iracema, Trem das onze e De Tanto levar frechada do teu olhar... Cansados de cantorias e homenagens continuamos caminhando até o retorno à casa de Zélia e Caos, onde o encontramos o Caos, na mais absoluta paz, no front yard de sua mansão, meditando sobre a conveniência ou não de mudar de condomínio, caso fossem expulsos no dia seguinte.



ATENÇÃO: Preciso urgente do e-mail do Fefa.

27 março 2007

Churrasco do dia 25/03/2007

Churrasco patrocinado(R$) por Caos e Ordem e powered by Shiost, the barbecooker

Timtim, Lucy Shiost e Caos

Timtim, Shiost e Caos

Zélia Caos durante a Romaria

Lucy, Zélia e Timtim terminando a Romaria

Zélia and her sisters

Timtim, Caos, Zélia e Terezinha(irmã do Caos)

Fefa e as princesas

18 março 2007

Maria Laura e os trajes bentos

Maria Laura é uma estilista portuguesa de 68 anos de idade e, morando no Brasil desde os 21, é especializada em roupas sacras. Seu ateliêr conta com 12 pessoas, 10 máquinas de costura e 10 de bordado. O Vaticano ordenou que as roupas fossem de seda natural indiana, leves, devido ao calor. O tom será um dourado envelhecido, cheio de bordados e símbolos. As roupas do Papa e seus asseclas serão pagas pelos fiéis, um valor acima de R$ 900.000,00.

A missão de Maria Laura e sua equipe,é confeccionar em números aproximados:

... quatro casulas para o papa. A casula é uma espécie de manto usado sobre as roupas dos religiosos
... 300 mitras para os bispos. A mitra é um tipo de chapéu usado em solenidades pontificais
... 300 casulas e 300 estolas para os bispos
... 500 estolas para padres (esse número podem dobrar, mas a arquidiocese de Aparecida do Norte ainda não confirmou o pedido)

Serão utilizados...
... 2500 metros de brocado, tecido de seda com desenhos em relevo, com as estampas dos Evangelhos
... 20 metros de seda natural
... 2000 metros de cetim para mitras


Estas informações foram extraídas da VEJA.

http://vejinha.abril.com.br/materias/m0123818.html

Em que Evangelho, livro, capítulo ou versículo da Bíblia podemos encontrar essa orientação para tanta pompa e circunstância?

16 março 2007

Tatudoigual

Tatudoigual. Ainda não fiz o exame, é uma burocracia só, o laboratório é em Campinas a guia é da Unimed Limeira, que tem que trocar por guia da Unimed Campinas, o que eu fiz hoje, acho que a amostra será extraída semana que vem, daí tenho que levar a coleta para Campinas e aguardar um mês pelo resultado, espero não morrer antes, tá toda a família envolvida, mandando fax do exame para todo o mundo, virei atração nacional, estou melhor que o bigbroder, espero não ser eliminado logo, fala pra Nice que nada tá resolvido, fala para minha irmã que milagre tem hora, veja o frei Galvão, demorou 4 séculos para virar santo, acho esse Papa uma besta, diz que padre não pode casar e quem está no segundo casamento não pode receber comunhão, ainda bem, pois eu não quero receber comunhão nem estando no primeiro, só vejo pompas e circunstâncias e muito dinheiro rolando nas igrejas católicas, universais e renascentes, há pessoas muito lindas na Terra, inclusivamente uma desenhista que está trabalhando comigo na firma, digo na Terra, porque o mundo é muito grande, parece que quando fizeram a Bíblia confundiram a Terra com o mundo, disseram que o dilúvio iria acabar com o mundo, mas não dá para ter um dilúvio em 7 bilhões de galáxias, e 1750 bilhões de sistemas solares parecidos com o nosso, porém sem a Lua, Lua só tem aqui, por causa dos enamorados. E chega.

09 março 2007

Hemograma

Após passar pelo cardiologista e enfrentar um laboratório para fazer os exames de praxe, percebi que o cárdio havia pedido também um hemograma. Ao ver o resultado, me pediu para consultar um hematologista, pois hemograma não era muito a dele. O hematologista ao ver o exame, pediu que eu o repetisse, me dando uma guia urgente. Fiquei desesperado pensando em câncer, aids e outras coisas mais. Meus glóbulos brancos estavam 50% acima do normal e eu não tinha infecção alguma. Como todo mundo sabe o aumento dos glóbulos brancos indica que logo, logo haverá uma guerra entre eles e a infecção. O pior é que eu não tenho infecção nenhuma aparente. Após ver o novo exame decidiu o hematologista retirar uma porção da medula óssea para examinar direitinho a composição e formação de meu sangue. Quase terminando o testamento, descobri que não sabia para quem eu ia deixar o alicate Belzer, a furadeira Makita e serra circular Skill. Na quinta-feira, após autorizadas as guias na Unimed, telefonei ao consultório para marcar o exame do tutano. Soube então que o doutor se mandou para um congresso e que voltaria a atender só na segunda. Pensei: ou estou liquidado de vez ou não é tão grave assim. Tomei então umas latinhas e escrevi estas linhas. Saravá!

01 março 2007

Parafuso. Dr. Preto, etc.

Trudia tomava eu umas cervejas na Praça do Parafuso, em Piracicaba, quando, surpresa!, descobri que o Parafuso não era um monumento à Dedini, à Zanini, à NG, etc., grandes empresas de máquinas, fornecedoras de equipamentos para as usinas de álcool e açúcar. Nunca examinei bem a praça, mas achava que havia um parafuso enorme simbolizando a grandeza das indústrias piracicabanas. Nesse dia, quase noite, descobri que parafuso era um negão, o maior repentista de Piracicaba, morto há vários anos. Rolou um papo de fazer uma noite temática, uma vez por mês, relembrando as peripécias do Parafuso, suas fotos, repentes e tudo o mais. Daí, tinha um negão tomando a sua também lá no buteco que perguntou: Vocês lembram do Dr. Preto? Ninguém se lembrava. Ele contou sua história: Dr. Preto era um escravo que foi treinado pelos patrões para cuidar da saúde dos escravos da fazenda. Era meio fora de propósito tratar dos negros com um médico branco, de verdade. Esse Dr. Preto ficou famoso por ter cuidado tão bem dos escravos, que existe até hoje um busto dele no Engenho Central, uma usina antiga, tombada, local que ora abriga exposições, feiras e eventos culturais em Piracicaba. O etecétera fica por conta de Mesmeu, que narra, em seu primeiro tratado hermenêutico, sua disposição de se tornar um arco-íris, mesmo sabendo que a extemporaneidade de um arco-íris depende principalmente da chuva, do sol e do tesouro que existe no fim dele. Relatando este fato à Afrodíase, que além de muito cética, era muito ordinária, desistiu imediatamente da idéia quando ela disse: "Acho arco-íris uma merda." Foi então que foi amadurecendo a idéia de se transformar em luminárias pelo mundo afora.

Matutando sobre esses assuntos resolvi reler o Sargento Getúlio, do Luiz Fernando Veríssimo.